Em vinte dias, o mês de outubro registra ‘saldo’ de 30 execuções, O que representa que em média a cada 16,5 horas um assassinato foi registrado nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. O número de mortes violentas sobe ainda mais ao acrescentar a estatística as mortes em decorrência de acidentes de trânsito. Foram outras 12. Os dados foram contabilizados por meio da estatística de atendimento no Instituto Médico Legal (IML) na capital. No acumulado do ano, a estatística oficial até setembro aponta para 335 óbitos. Somando os números até outubro, são 365.

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Nos últimos oito dias, os dados coletados indicam que foram 13 execuções e ainda seis mortes no trânsito. Dentre os crimes registrados está a de um adolescente de 14 anos. O estudante J.V.O., que foi baleado quando caminhava pelo bairro Três Barras, em Cuiabá, no sábado (18).

No ano passado, durante todo o mês de outubro, foram registrados 32 assassinatos. Nesse período houve um
grande número de óbitos no trânsito chegando a 40.

Com os altos índices de criminalidade, a Secretaria de Segurança Pública desencadeou a operação Primavera nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, em bairros onde se registra maior concentração de crimes. Mais de 1,2 mil pessoas foram abordadas na ação. Somente no primeiro dia da operação foram retiradas de circulação 6 armas de fogo nas duas cidades.

Nessa semana, a Polícia Civil adotou um plano emergencial para reforçar as investigações dos crimes contra a vida, patrimônio e gêneros, na região metropolitana.  Conforme a assessoria, as  unidades que apuram os crimes receberão reforço no efetivo para aumentar elucidação dos casos e ajudar na redução dos índices de criminalidade, dentro das metas definidas pelas políticas de segurança pública, nacional, estadual. 
“A diretoria fez o remanejamento mínimo e emergencial para reforçar as delegacias que atuam diretamente nas metas de segurança pública", explicou o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Anderson Aparecido dos Anjos Garcia.

Conforme o delegado geral, o levantamento de policiais, que serão remanejados para as unidades que atuam, prioritariamente, nas áreas de homicídio, roubo e violência doméstica, vem sendo realizado há cerca de 2 meses, e somente foi possível depois que a direção da Polícia Civil realizou análise de todo o efetivo lotado nas  192 unidades policiais em atividade no Estado de Mato Grosso.

O delegado pondera que, hoje,  a grande problemática da Polícia  Civil é com número de investigadores que está com menos de 50% abaixo do ideal, com apenas 1.558, para atender todo o Estado de Mato Grosso."Muitos policiais estão requerendo licença prêmio para fins de aposentadoria e isso tem baixado nosso efetivo", explicou. 

"Esperamos com esse reforço dar maior fôlego às unidades e terminarmos o ano com um enfrentamento mais eficaz da criminalidade", disse o delegado geral.

Levantamento

Os dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública, por meio de estatística da Polícia Civil, apontam que em janeiro foram registrados 32 mortes; fevereiro outras 39. Já o mês de março 36, abril 51, o mês de maio 38 e junho 33. O primeiro mês do segundo semestre, julho registrou 25 mortes e agosto um total de 37.Já  o mês de setembro, 45.