Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Brasil

Famílias se recusam a deixar apartamentos próximos ao viaduto Guararapes

Teve início neste domingo (27) a remoção das famílias que vivem em condomínios próximos ao viaduto Guararapes, cuja alça sul desabou no último dia 3 matando duas pessoas e deixando outras 22 feridas. Entretanto, algumas famílias se recusaram a deixar os imóveis.


Segundo balanço divulgado pela Comdec (Coordenadoria Municipal de Defesa Civil), 15 famílias do bloco 3 do condomínio Savana e dos blocos 8 e 9 do Condomínio Antares não aceitaram a assistência oferecida pela construtora Cowan, empresa responsável pela obra de construção do viaduto e que também realizará a demolição da alça norte do elevado. Essas famílias permanecem em seus apartamentos.

Outras oito famílias já haviam desocupados os imóveis e 19 estão sendo assistidas pela Cowan. Elas estão hospedados no Hotel Soft Inn Belo Horizonte no bairro São Cristóvão, região Noroeste da capital mineira, e têm café da manhã, almoço, jantar e serviços de lavanderia, além de transporte escolar para as crianças a partir de segunda-feira (28) pagos pela construtora.

A medida, conforme a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), é para "garantir a segurança dos moradores". Na última semana, a Cowan apresentou um estudo informado que a alça norte do viaduto, que permaneceu de pé, pode cair a qualquer momento. A remoção de famílias dos outros blocos será retomada nesta segunda-feira.

Protesto

No último sábado (26), vizinhos da obra fizeram um protesto. Cerca de 50 pessoas fecharam o trânsito próximo ao viaduto João Samaha e depois seguiram para a rua Doutor Álvaro Camargos, um dos principais desvios usados pelos motoristas por conta da interdição.

Com faixas e cartazes ("Grande inauguração viaduto Guararapes - conheça antes que caia"), os moradores criticaram o descaso da PBH e da Cowan. A empreiteira admitiu que a alça desabou porque foi usado apenas 10% do aço necessário para o bloco de sustentação do pilar central, que sobrecarregou duas das dez estacas previstas.

A Cowan, no entanto, culpa a Consol, empresa que elaborou o projeto. Além disso, a PBH aprovou o documento e deu a ordem de serviço à Cowan e a a responsabilidade pela tragédia deve ser esclarecida após as investigações da Polícia Civil. Na sexta-feira (25), a Polícia Civil apresentou resultados parciais da perícia oficial, que aponta o afundamento de seis metros como causa do acidente.

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet