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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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DISCUSSÃO OBRIGATÒRIA

Gargalo da logística deve forçar candidatos a debater chegada dos trilhos da Ferronorte até Cuiabá

Foto: Mayke Toscano / Secom-MT

Terminal da Cargas da Ferronorte em Itiquira No encontro também serão abertos espaços para se debater a ferrovia com foco no trecho Cuiabá – Santarém

Terminal da Cargas da Ferronorte em Itiquira No encontro também serão abertos espaços para se debater a ferrovia com foco no trecho Cuiabá – Santarém


As discussões sobre a necessidade de ampliação da logística em transporte multimodal deve ser um dos principais temas de discussão dos candidato ao governo de Mato Grosso. A avaliação partiu do governador Silval Barbosa (PMDB), que se vangloria de ter conseguido colocar em prática o MT Integrado e fazer os trilhos da Ferrovia Senador Vicente Vuolo chegar até Rondonópolis e de influenciar no estudo para que seja executado o trecho até Cuiabá. Silval tratou o assunto com a presidenta Dilma Rousseff (PT) recentemente, em Lucas do Rio Verde.

Durante três anos e meio, Barbosa manteve em seu staff a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes (Selit). Barbosa cita que a pasta conseguiu desenvolver os elementos econômicos a serem apontados pelos estudos de viabilidade econômica, com vistas a acelerar o processo de construção da ferrovia entre Rondonópolis e a Capital.

Ao obrigar os candidatos a governador a inserir nos debates e planos de governo a Ferrovia Vicente Vuolo. Silval entende que o atual governo deu a largada, ao obrigar da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a contratar os serviços da Universidade Federal de Santa Catarina (Fusc) para a realização dos Estudos de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) dos trechos ferroviários Rondonópolis/Cuiabá e Cuiabá/Santarém.

A ANTT, órgão patrocinador dos estudos realizados pela Fusc, conforme a reportagem do Olhar Direto apurou, cumpre o calendário firmado com o Governo do Estado. Os levantamentos deverão estar concluídos até meados deste ano. Na sequência, deve ser contratado o projeto básico e a realização das audiências públicas, necessários para a abertura da licitação.

Sival Barbosa entende que os candidatos à sua sucessão estão ‘amarrados’ à obrigatoriedade do debate sobre alternativas para vencer o gargalo da logística em transporte. Especificamente sobre a ferrovia de Rondonópolis até Cuiabá, ele explica que o tipo de certame não está definido, mas será no novo modelo de concessão, que, além de separar as diversas atividades do setor, distingue o prestador de serviços de operação e manutenção da malha do encerregado pelo transporte, o que irá possibilitar a participação de vários transportadores no mesmo trecho.

“Existe a possibilidade até mesmo em transporte de passageiros, como fomento ao turismo, nesse trecho”, ponderou o governador. O modelo de concessão tem ainda a garantia por parte do Governo Federal da aquisição do direito de uso (compra integral da capacidade operacional), fator que garante o retorno dos investimentos.

Além do trecho entre a Capital e Rondonópolis, a questão ferrovia também deve demandar tempo para os trechos Cuiabá – Santarém e, ainda, a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre Lucas de Rio Verde e Uruaçu, em Goiás. A presidente Dilma Rousseff deu a ‘senha’ para Barbosa, em Lucas, durante a cerimônia de lançamento da colheita da super safra de grãos 2013/14. “É um compromisso do Governo Federal, esse comprometimento com a construção da obra”, disse Dilma sobre a Fico.

Silval Barbosa assegura que a Fico vai possibilitar o escoamento da produção pelo Porto de Itaqui, o Maranhão. “Sem dúvida, isso é pauta. E o tema deve ser debatido pelos candidatos a governador e senador, entre outros”, justifica ele.

Mesmo assim, segundo Barbosa, Mato Grosso exige mais em logística, principalmente tendo em vista o aumento da produção no agronegócio e a perspectiva real de exploração de minerais, como o ferro e o manganês, além da necessidade de suporte para investimentos na construção de siderurgia. Silval já recebeu a sinalização de empresários chineses e da Europa, para investir na indústria siderúrgica em Mato Grosso, inclusive em municípios distantes de Cuiabá – desde que exista malha ferroviária.


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