Segundo Bombeiros, 25 pessoas morreram em 3 meses; 1 era mulher.

Número de afogamentos diminuiu em relação ao mesmo período de 2013.

As principais vítimas de afogamentos em Santa Catarina são homens, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do estado. Nos últimos dois meses e meio, 25 pessoas morreram afogadas, sendo que apenas uma vítima era mulher. O número foi contabilizado pela corporação de 1º de outubro a 21 de dezembro de 2014.

“Há casos de ingestão de bebidas alcoólicas antes de entrar na água, de afogamentos durante pesca, imprudência. Geralmente são homens adultos, masculinos, entre 15 a 25 anos. De forma geral, os homens se arriscam muito mais do que as mulheres e elas são mais precavidas”, aponta o coronel Onir Mocellin, comandante da Operação Veraneio do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, a cada temporada morre, em média, uma mulher a cada nove afogamentos com vítimas fatais.

De acordo com os bombeiros, uma morte aconteceu em área monitorada por guarda-vidas e as demais em áreas não monitoradas por eles. O afogamento em área monitorada foi no dia 27 de novembro na praia de Cabeçudas, em Itajaí, no Vale. Um jovem de 17 anos morreu. Ele estava no mar com dois irmãos, que foram salvos pelos guarda-vidas.

De acordo com o último levantamento disponibilizado pelos Bombeiros, em 15 de dezembro, a última morte contabilizada foi nesta data em Itajaí, em uma área não monitorada. Um adolescente de 15 anos morreu no Rio Itajaí Mirim.

A única vítima feminina se afogou na Praia Mole, em Florianópolis, na noite de domingo (14). Segundo os bombeiros, a Praia Mole é uma área monitorada, mas o caso aconteceu após às 20h, quando não há mais guarda-vidas no local e, por isso, foi contabilizado como afogamento em área não monitorada.

Com exceção da jovem paranaense de 20 anos, as demais vítimas eram homens, de 13 a 77 anos. Houve um corpo que foi encontrado em um rio e, devido ao avançado estado de putrefação, não foi identificado.

Número de mortes diminuiu
Segundo a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros Militar, maior parte dos afogamentos ocorrem mais nas praias da Grande Florianópolis e Litoral Norte, que possuem águas mais quentes.

No mesmo período, os guarda-vidas atenderam 602 arrastamentos (pessoas levadas pela correnteza), 31 reanimações de afogamento com reanimação cardiopulmonar e mais de 439 mil ocorrências de prevenção de afogamento, com abordagens a banhistas em situação de risco.

Na temporada passada, de 5 de outubro a 16 de dezembro de 2013, 30 pessoas morreram afogadas, sendo que quatro em áreas monitoradas por guarda-vidas.

Orientações
Os bombeiros alertam para que os banhistas não ultrapassem a água na altura do umbigo. "É importante o banhista saber o seu limite, se é um surfista experiente ou é a primeira vez, é diferente por exemplo. Verificar a altura das ondas, em água doce, se afunda abruptamente, nadar sempre paralelo à praia e ter sempre cuidado com as crianças", orienta Mocellin.