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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Libertação de menor que liderou motim no Pomeri motiva pedido de afastamento de juíza

Foto: Reprodução/Ilustração

Libertação de menor que liderou motim no Pomeri motiva pedido de afastamento de juíza
Um dos adolescentes infratores que liderou um motim no Centro Socioeducativo de Cuiabá, complexo Pomeri, no dia último dia 07, já está em liberdade desde a quarta-feira (16) passada. A conquista partiu de uma manifestação favorável do Ministério Público Estadual (MPE), que entendeu que os dois jovens, que participaram do tumulto, deveriam ser soltos.


A juíza de direito Gleide Bispo Santos, que responde pela 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, acatou apenas uma das solicitações do órgão sob a alegação de que “o jovem encontrava-se no limite de sua condição psicológica”, tendo até atentado contra a própria vida.

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Conforme a Gleide Bispo, o adolescente de 17 anos estava muito abalado e teria tentado o suicídio após o motim. “Ele cortou os pulsos”, afirma a juíza. Ainda de acordo com ela, o jovem ficou recluso durante três meses e quinze dias. Ele foi apreendido depois de ter roubado cerca de R$17 de um homem para comprar drogas. O fato foi entendido pela magistrada como um crime leve e uma pena de três meses foi determinada.

A decisão da juíza foi com base no parecer do MPE que, segundo ela, teria recebido um relatório de avaliação do comportamento favorável ao adolescente, elaborado pelos próprios agentes do Pomeri. “O documento descrevia que ele tinha bom comportamento”, cita a magistrada.

O presidente do Sindicato dos Agentes do Sistema Socioeducativo de Cuiabá, Paulo Cezar de Souza, declarou a reportagem do Olhar Direto que na próxima semana buscará a corregedoria e órgãos competentes para solicitar a saída da magistrada da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, cargo que desde 2012 Gleide Bispo acumula junto ao 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Capital, a qual é titular.

“Essa soltura vai incentivar os demais menores a fazerem o que ele fez para conseguir ir embora também”, avaliou o sindicalista. O presidente do sindicato afirma que o jovem que foi solto era um dos internos mais problemáticos do complexo. “Ele quebrou o patrimônio público e também fugiu da unidade, mas nós o recapturamos em seguida”, conta.

Paulo Souza tem feito duras críticas à juíza desde que ela concedeu a entrada de cigarros dentro do complexo do Pomeri. Os cigarros foram entregues aos infratores da ala 6 como parte de uma negociação que pôs fim ao motim do dia 7 de abril, na unidade. Dias depois, um dos jovens que havia liderado a agitação confirmou que a situação foi planejada entre eles.

Souza revelou que o 'falso motim’ e a soltura do adolescente afiançou ainda mais a posição do presidente do sindicato com relação a atuação da magistrada. Paulo afirmou que o adolescente nem chegou a cumprir a pena mínima que a magistrada costuma dar aos menores, três meses. 

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