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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Pai de garota esquartejada e queimada se desespera ao ver suspeito; Veja vídeo

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ednaldo e familiares acompanharam a ida do suspeito ao IML

Ednaldo e familiares acompanharam a ida do suspeito ao IML

Tão logo soube do desaparecimento da filha e da possibilidade dela estar morta, Ednaldo do Carmo deixou a cidade de Jequié, Bahia, e veio para Cuiabá. Ele é pai de Aline Feitosa, 16, e ex-marido de Simone Feitosa, 37, ambas desaparecidas desde o dia 28 de setembro. Dois corpos esquartejados e carbonizados foram encontrados no dia seguinte, com objetos das duas, e um exame de DNA deve comprovar se pertence a elas.


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Ednaldo foi até a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Na sexta-feira (02), aonde buscava mais informações sobre o caso. Diante da quase certeza da morte de ambas, ele deu entrevistas e, quando estava para ir embora, presenciou a saída do suspeito de tê-las assassinado, Valto dos Reis Mandinga, em direção ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame de corpo de delito e em seguida ser levado a Cadeia Pública de Várzea Grande, no bairro Capão Grande.

A resignação de quem confia no trabalho da Polícia Civil e de que “a justiça está sendo feita” deixou o semblante de Ednaldo, até então choroso, dando lugar à raiva. Segurado por familiares, ele ainda se lançou contra o carro e gritou contra Valto. Os familiares de Ednaldo já haviam acompanhado a entrado do suspeito, na viatura e o coberto de acusações: “Assassino! Sabemos que foi você”.

Confira o vídeo:


Sem contato

Há dois anos separado de Simone, Ednaldo alegou que não sabia praticamente nada sobre a rotina da ex-mulher, tendo pouco a colaborar com as investigações. Ele apenas mantinha contato com a filha, Aline. Com os olhos marejados ele classificou o crime como “bárbaro” e afirmou que deve ficar em Cuiabá até conseguir realizar um enterro para a filha.

O corpo de ambas só poderá ser liberado após o resultado dos exames de DNA. Apesar do delegado Geraldo Gezzoni, responsável pelo caso, afirmar ser muito difícil o corpo ser de outras pessoas, somente o resultado clínico será conclusivo.

Tese da Polícia

O delegado Geral Gezzoni acredita que o pastor Valto dos Reis Mandinga, 43, assassinou Simone Feitosa, 37 anos, e a filha dela, Aline Feitosa, 16, por motivos ainda obscuros. Ele chegou a Valto principalmente através de duas pessoas: uma testemunha do crime e a proprietária da van que buscava e levava Simone de Poconé ao seu curso técnico em Cuiabá, todos os dias.

A testemunha do crime trabalha perto do local aonde os corpos foram queimados, em um terreno baldio próximo ao kartódromo de Várzea Grande, no bairro Nova Fronteira. Ao delegado, ele disse ter visto um carro preto, com os detalhes de estar muito velho e ser de um modelo muito diferente dos comuns, passar em baixa velocidade até o terreno. Depois ele ouviu um estrondo, olhou para local e viu chamas e uma pessoa correr para dentro do carro, arrancar e fugir em alta velocidade. A testemunha tentou fotografar, mas, por ser noite e o aparelho “ruim”, não conseguiu. Na manhã seguinte ele foi até o local aonde viu as chamas, encontrou os corpos e chamou a Polícia Militar.

Já a proprietária da van contou que, ocasionalmente, Simone pediu para passar em uma casa em Várzea Grande, no bairro Jardim Imperial, próximo ao posto Papito. A última vez foi na sexta-feira (25) anterior a segunda-feira em que ela desapareceu, quando Simone passou no local para pegar dinheiro.

A proprietária da van então levou os policiais a residência em questão e lá eles descobriram um Pegeot preto, modelo da 93/94, muito avariado. A casa é de Valto e o carro foi reconhecido pela testemunha do crime. Com os familiares, o delegado Geraldo Gezzoni descobriu que Valto se relacionou com Simone por um mês e meio em 2014, antes dela começar o atual noivado.

“Para a mãe de Simone, que ligou para ele no dia do desaparecimento, ele disse que estava em Goiânia. Para nós ele já não sustentou isso. Disse que estava na casa de uma cidadã carente, no Bairro São Matheus, aonde teria passado o dia todo”, disse o delegado. “E o cuidado dele em ocultar os corpos quer dizer que o crime foi cometido em um recinto privado. Para que isso aconteça, tem que ser entre pessoas conhecidas, para haver a confiança de se estar em um lugar privado”, completou.

Com base nisso e em outros detalhes, o delegado pediu a prisão temporária do suspeito, uma perícia no carro e a quebra do sigilo telefônico de Simone e de Valto.
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