No dia em que a greve na rede pública estadual completa 15 dias, deixando sem aula 430 mil alunos, o senador Pedro Taques (PDT-MT) subiu à tribuna do Senado, nesta segunda-feira (26.8), para prestar solidariedade aos 36 mil professores e a fazer críticas à gestão da educação no Estado.

“Dia após dia estamos a demolir o estado de bem estar social”, afirmou o senador, ao lembrar que o acesso à educação é um dois direitos universais que não são cumpridos pelo Estado. 

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“Além do atestado de ineficiência, temos o famoso caso do salmão. O secretário de educação comprou milhões de reais em salmão para servir salada de mariscos e salmão ao molho tártaro. Confesso que eu prefiro ventrecha de pacu, pintado a escabeche, Maria Isabel ou mojica de pintado”, ironizou.

Ele criticou o comando da Secretaria de Educação (Seduc) pelo estado precário da rede estadual e citou escolas Rondonópolis e Tangará da Serra entre aquelas abandonadas e sem condições de atender as necessidades dos alunos.

Taques lembrou a pauta de reivindicações, que inclui reajuste de 10,46%, multiplicar por dois o poder de compra dos docentes “um dos mais baixos do funcionalismo mato-grossense”, aplicação de 35% dos recursos estaduais em educação e maior transparência na aplicação dos recursos.

O senador também citou a greve dos professores municipais de Cuiabá, que pedem mais 4% de aumento, e afirmou esperar do “prefeito Mauro Mendes uma solução para o impasse”.

Taques comentou a reprovação das contas da Seduc pelo Tribunal de Contas do Estado e ironizou o governo do Estado ao comentar a compra de salmão e mariscos por R$ 7 milhões para servir em evento com professores.