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Sábado, 20 de abril de 2024

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DESCASO COM A VIDA

Pronto-Socorro de Várzea Grande vira “acampamento de guerra”; prefeitura diz que atende dezenas de municípios

Foto: Ronaldo Pacheco / Olhar Direto

Corredores do Pronto Socorro de Várzea Grande são transformados em enfermaria

Corredores do Pronto Socorro de Várzea Grande são transformados em enfermaria

Superlotação, pacientes internados em macas nos corredores, falta de médicos, de leitos, de remédios, de água e até mesmo setores infestados de baratas. É o retrato do Hospital e Pronto-Socorro de Várzea Grande, constatado ‘in loco’ pela reportagem do Olhar Direto, durante seis horas no interior do edifício, para checar a denúncia da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que classificou-o como “acampamento de guerra”.


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A assessoria da Prefeitura de Várzea Grande admitiu que o quadro é realmente preocupante, mas observou que a situação ocorre pelo fato de ser o único ‘hospital portas abertas’ da Baixada Cuiabana, recebendo pacientes de dezenas de municípios.

O cenário é desalentador. A reportagem do OD encontrou o que pode se chamar de muito próximo do caos, no atendimento de urgência e emergência. Apenas a maternidade, reinstalada no ano passado pela administração Walace Guimarães, possui um atendimento considerado razoável.

“Em todas as vezes que busquei socorro, fui atendida. Não adequadamente, mas algumas questões [de saúde] foram resolvidas”, pontuou a dona de casa Rosimeire Santana Nunes, 37, moradora do Jardim dos Estados.

“Está se ferindo a dignidade e os direitos dos cidadãos brasileiros, previstos na Constituição Federal. Em especial uma numerosa parcela mais pobre da população”, reclamou M. A. A. B. 46 anos, que pediu para não ser identificado por conta da utilização de medicamento de uso contínuo. “Da outra vez que falei na TV, creio que fui retaliado. Enfrentei sérias dificuldades para receber os remédios”, emendou o paciente M. A. A. B.



Em outro caso, havia um ancião de 74 anos internado há três dias em uma cadeira reclinável.
Os profissionais também reclamam. “É imprescindível investir no aumento de leitos disponíveis e criar uma carreira efetiva de médicos do SUS, como a mais eficaz para diminuir a falta de pessoal nos hospitais públicos”, pontuou o médico Waldison B. M. Coelho, que eximiu o prefeito Walace Guimarães (PMDB) de responsabilidade pelo caos no Pronto Socorro Municipal. “Assumiu há apenas um ano”, pontuou.

Outro lado

O secretário de Saúde de Várzea Grande, Daoub Abdallah, não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto.

Através da assessoria, a Prefeitura de Várzea Grande respondeu que o quadro é grava por falta de recursos financeiros e pelo fato de o Hospital e Pronto Socorro Municipal atender mais de 30 municípios da Baixada Cuiabana e outras regiões de Mato Grosso. O problema se agravou depois que o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá deixou de atender tais casos – exceto os de extrema urgência, encaminhando-os à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Morada do Ouro e demais unidades.
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