O deputado federal Valtenir Pereira (PMDB) afirmou que foi a candidatura do prefeito eleito Emanuel Pinheiro (PMDB) que acabou provocando a desistência de Mauro Mendes (PSB) da disputa pela reeleição em Cuiabá. Para o antigo aliado de Mendes, Emanuel teria sido vitorioso mesmo se o atual prefeito tivesse entrado na disputa e a vitória do PMDB em Cuiabá “reequilibra” as forças políticas no Estado.
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“A partir do momento que o Mauro começou a se articular e viu que esse grupo estava forte, ele pensou duas vezes e acabou desistindo”, opinou Valtenir, no Centro de Eventos do Pantanal, instantes antes de Emanuel se sagrar vencedor. “Não estava conseguindo ter um vice à altura, ele queria colocar um vice da escolha pessoal dele, o grupo não aceitava. Então quer dizer, ‘eu vou enfrentar um grupo forte do outro lado, que está pronto para o embate, para um enfrentamento e não estou conseguindo aqui montar um time pra fazer esse enfrentamento, então é melhor deixar para um outro momento’”, argumentou o peemdebista.
Valtenir diz que sua opinião sobre a desistência de Mauro foi construída obersvando os bastidores desta campanha. “Opinião muito clara de quem fez a pré-campanha e acompanhou tudo, eu estava nos bairros, conversando com a população, conversando com os segmentos organizados da sociedade e eu vi isso com muita clareza, foi exatamente o arranjo político, a composição política que o Emanuel conseguiu formatar é que fez com que o Mauro desistisse da sua candidatura”, completou.
De acordo com Valtenir, que já foi correligionário de Mauro Mendes no PSB, o atual prefeito de Cuiabá só está bem avaliado pela população porque ficou de fora da disputa, o que lhe “blindou” de toda a sorte de ataques e críticas à sua gestão. “Ninguém foi atrás das dificuldades da gestão de Mauro Mendes durante o processo eleitoral, não foi processo de avaliação à gestão, correto, porque ele não era o candidato, mas uma coisa é a disputa frente a frente que ai as coisas ficam muito mais claras”.
Equilíbrio de forças
Para Valtenir Pereira, a vitória do PMDB em Cuiabá equilibra as forças políticas em Mato Grosso e evita que o grupo do governador Pedro Taques se tone hegemônico. “Foi a vitoria da humildade contra a arrogância e foi fundamental a vitória de Emanuel para equilibrar o poder. Hoje o Pedro Taques está se achando, o bam bam bam, a última bolacha do pacote e com a eleição do Emanuel Pinheiro prefeito dá motivação, mantém um grupo forte, unido, e equilibra as coisas, o poder demais não faz bem pra ninguém, inclusive para o senhor Pedro Taques”, declarou.
“É importante que os grupos tenham paridade de armas, por exemplo, se o Pedro Taques ganhasse em Cuiabá ficaria um grupo homogêneo em cima de um outro grupo enfraquecido. Agora não, os grupos têm condições e isso é bom para a democracia. Para o parlamentar, a relação entre prefeitura e governo, apesar das arestas da disputa, será boa para Cuiabá.
“Não vejo dificuldade nenhuma. Eu acredito que o Pedro Taques não vai ficar com birra política por causa disso. Eleição é eleição e gestão é gestão e temos que separar muito bem isso e eu acredito que o Pedro Taques, republicano que é, vai saber separar isso até porque se ele não souber separar isso ele vai tem um encontro nas urnas com o povo de Cuiabá em 2018”.
