Numa resposta à convocação da presidente Dilma Rousseff (PT) para que haja “o diálogo nacional em nome da democracia”, o governador José Pedro Taques (PSDB) afirmou que o momento em que era para ser feito o diálogo já passou. “Veja que trouxeram o Brasil até o brejo. Agora querem dialogar. O tempo já para isso [dialogar] já passou e nos trouxeram até este momento crítico”, disse ele, para a reportagem do
Olhar Direto, após participar de evento com empresários.
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“Agora o tempo [de diálogo] já passou. Agora é tempo de mudança. É tempo de decisão do Congresso sobre o impeachment [da presidente Dilma]. É tempo de liberdade de manifestação e liberdade de expressão”, disparou o chefe do Poder Executivo, que nos últimos meses tem marcado posição como principal opositor ao governo Dilma entre os governadores.
Pedro Taques entende que a falta de diálogo com a sociedade e as instituições arrastou Dilma e, por conseqüência, o país para a atual crise. “Há muito falta diálogo. E passou o momento em que era para ser feito o diálogo. E o momento em que era para ser feito, isso não foi feito”, disparou o governador mato-grossense.
“Agora querem dialogar. [Dilma e o PT] Não respeitam as instituições. É essencial tratar gente com respeito! Tratar gente com dignidade! Debates são importantes para a democracia”, pontuou Taques, ao enfatizar que a decisão – sobre afastar ou não a presidente – cabe à Câmara dos Deputados e Senado da República.
De certa forma, Taques não tem dúvida de que a “voz das ruas” vai pressionar ainda mais o plenário da Câmara a aprovar o impeachment da petista. A votação em plenário do relatório da comissão de impeachment deve ocorrer em breve e, provavelmente, com manifestação organizada em torno do prédio do Congresso e na maioria das capitais brasileiras, para pressionar os deputados a aprovarem o início do julgamento da presidente. A oposição deseja utilizar todos os mecanismos para garantir o envio do processo contra Dilma ao Senado.