Imprimir

Notícias / Agronegócios

Prado encerra evento pedindo pressão sobre o Código Florestal

Da Redação - Thiago Itacaramby - Especial para o Olhar Direto

O presidente da Famato, Rui Prado, encerrou no fim da tarde dessa quarta-feira (5), a sexta edição do Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec), realizado desde o início da semana no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Segundo a organização, cerca de duas mil pessoas participaram durante os três dias de evento.

O grande recado deixado pela organização do Enipec é a mobilização do setor perante a votação do novo Código Florestal Brasileiro. Além disso, celeridade no processo de zoneamento ambiental de Mato Grosso.

Foram apresentadas as demandas do setor produtivo mato-grossense, dando ênfase para a questão ambiental. Ao total, nove cadeias produtivas tiveram destaque durante os três dias de evento. Conforme Prado, todas as discussões serão encaminhadas aos pré-candidatos à República.

“Precisamos fazer valer o Programa de Regularização Fundiária do Estado, o MT Legal. Outro ponto fundamental para nosso Estado é a aprovação pela Assembléia Legislativa do projeto do Zoneamento Sócio-econômico Ecológico (ZSEE). São instrumentos legais que, apesar de não serem ideais sob o nosso ponto de vista, são essenciais para manter os produtores rurais na legalidade”, argumentou o presidente da Famato.

O ponto forte de todas as discussões é a aprovação do texto do novo Código Florestal, que possibilitará a revisão de percentuais que definem as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e as Reservas Legais. “Embora muitos pontos ainda estejam sendo discutidos pelos deputados federais, o que posso adiantar é que defendemos a flexibilização do tamanho das Reservas Legais”, revelou Rui Prado.

Por outro lado, o presidente da Famato cobrou mais iniciativas por parte do governo federal quanto atração de mais investimentos que permitam a implantação de uma logística multimodal capaz de cortar o Estado de norte a sul e de leste a oeste. O incentivo ao comércio eletrônico de carnes e a instituição de uma política de subsídios para a compra de insumos fundamentais para a atividade pecuária, como calcário e fósforo, são outros pontos estratégicos.

Para o coordenador geral do Enipec 2010, Luiz Carlos Meister, o evento supriu todas as expectativas. Segundo ele, houve um engajamento de todo o público envolvido. “Após a identificação da demanda de cada região do Estado, estamos achando soluções e é isso que aconteceu nos cursos técnicos”, apontou.

Sua avaliação em relação à pecuária no Estado, Meister disse que os principais desafios são – a concentração de frigoríficos; preço inadequado; logística ambiental e ausência da aprovação do código florestal.

Atualmente o Estado conta com mais de 27 milhões de cabeças de gado. Há dez anos era algo em torno de 15 milhões de animais. Com informações da assessoria.

Imprimir