Bruna Regina de Oliveira, 19 anos, presa na tarde desta sexta-feira (14) sob acusação de aliciamento de menores, prestou depoimento à delegada Juliana Palhares, na Delegacia de Mulher de Várzea Grande e negou envolvimento com uma rede de prostituição de menores. De acordo com a delegada, a jovem alegou ser apenas amiga das jovens.
“Ela negou a participação, mas existem provas de que ela (Bruna) teve atuação ativa nas negociações de exploração sexual”. Quanto ao andamento das investigações, Juliana afirmou que a aliciadora citou outros nomes, os quais serão investigados. “Ela é peixe pequeno”, pontuou Palhares.
O advogado de defesa da jovem, Breno Ferreira Alegria, chegou à delegacia por volta das 14h após ser acionado pela família de Bruna e tinha pouco conhecimento sobre caso. Ele acompanhou todo o depoimento da acusada e alega existir um erro de interpretação.
“A meu ver foi um erro de interpretação. A Bruna participava de festas com essas meninas, mas não tinha conhecimento de que as amigas eram exploradas”. O advogado disse que irá entrar com pedido de liberdade e que a suspeita só foi presa porque era a única maior de idade. “Só prenderam ela porque é a única maior de idade entre as amigas envolvidas”, explicou.
Conforme informações obtidas com exclusividade pelo
Olhar Direto, trata-se de uma operação para combater um esquema de prostituição infantil e pedofilia no Estado. As investigações da Polícia Civil, que tiveram início no ano passado, revelam ainda a possibilidade de existir o envolvimento de empresários e políticos no esquema de pedofilia.
As meninas eram contratadas por aliciadoras e transportadas por diversas cidades e ficavam em casas alugadas, sendo que cobravam pelo programa o valor entre R$ 20 a R$ 50 reais.
As investigações seguem em sigilo e a delegada não informou se haverão outros mandados de prisão.
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