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Notícias / Brasil

Faltam moradias para um em cada dez paulistas

Agencia Estado

Um em cada dez habitantes do Estado de São Paulo não tem onde morar ou vive em área de risco. O déficit de habitação atingiu 1.217.550 unidades, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Habitação. Como uma moradia é dividida por quatro pessoas, em média, o número de paulistas sem-teto pode chegar a 4,8 milhões, o equivalente a 10% da população do Estado.

Seriam necessários 41 anos para que São Paulo acabasse com o problema da falta de moradia, levando em conta o número de prédios residenciais feitos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em quatro anos e sem considerar investimentos municipais nem avanço da população.

Entre janeiro de 2007, início da gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB), e outubro deste ano, a CDHU entregou 64.993 unidades. Mais 53.926 apartamentos estão em construção. Presidente da CDHU e secretário de Estado da Habitação, Lair Krähenbühl afirma que os investimentos do poder público devem privilegiar a Grande São Paulo nos próximos anos.

"A região metropolitana concentra 62% do déficit habitacional. São mais de 719 mil famílias sem casa. Mas isso não significa que temos de empregar 62% do orçamento aqui. O investimento tem de ser ainda maior. Primeiramente, há escassez de terreno. Depois, o terreno que encontramos, com todas os equipamentos públicos e de transporte, é muito caro", diz.

A Secretaria de Estado da Habitação organizou oito reuniões com prefeitos do Estado para tratar do assunto. O resultado desses encontros, o Plano Estadual de Habitação, que vai orientar as políticas públicas dos próximos 13 anos, deverá ser lançado em dezembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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