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Notícias / Cidades

Juíza contesta decisão de promotor e envia caso Eiko para Marcelo Ferra

Da Redação - Julia Munhoz

Depois de o Ministério Público Estadual (MPE) arquivar o inquérito policial que investigou a morte da estudante Eiko Uemura, a juíza Silvia Renata Anffe Souza, da comarca de Chapada dos Guimarães, contestou a decisão do promotor César Danilo Ribeiro de Novais, da Promotoria de Justiça Criminal, e determinou que os autos fossem encaminhados ao procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra.

Silvia disse ter certeza de que Eiko não cometeu suicido e ressaltou que existem muitos questionamentos e conclusões inacabadas. O mesmo posicionamento é defendido pelo titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Márcio Pieroni, que investigou o caso.

A estudante do curso de Direito Eiko Uemura foi encontrada morta no dia 29 de abril de 2009, no “Portão do Inferno”, em Chapada dos Guimarães. No primeiro relatório elaborado pelo delegado João Bosco, concluído em maio do ano passado, Eiko teria cometido suicídio.

Após muitas polêmicas, no último dia 11 o Ministério Público Estadual (MPE) pediu o arquivamento do processo e confirmou a tese de suicídio, conforme o primeiro relatório, pois no entendimento da Promotoria de Justiça Criminal as evidências apontam para suicídio e não homicídio.

Ao assumir as investigações Pieroni chegou a pedir a prisão do advogado e amante de Eiko, sob a acusação de ser o mandante do crime, mas o MPE, na época, se posicionou contrário às prisões.

Trecho da decisão da juiza sobre a morte de Eiko

"Ademais, apesar das provas que o impeliram à veemente defesa da tese envolvendo a idéia de auto-eliminação, cumpre-me ressaltar que existem nos autos outros indícios, impossíveis de desconsideração, restando, ainda, muitos elementos inconclusos e refutáveis".
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