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Prefeito reage contra liminar da Justiça que bloqueou bens

Da Redação - Renê Dióz

“Isso aí é tudo politicagem, nada disso aconteceu”, comentou o prefeito de Tabaporã, Percival Cardoso de Nóbrega (PPS), sobre a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) de improbidade administrativa que provocou contra ele um decreto judicial de indisponibilidade de bens nesta semana.

Percival e seu secretário de Obras, Walmir Barreto, são acusados pelo MPE de terem utilizado a máquina pública para fins eleitorais no ano de 2010. Na época, Percival ocupava o mesmo cargo que hoje é de Barreto, o qual, por sua vez, trabalhava na iniciativa privada,no ramo de transportes.

Embora secretário e não licenciado, em 2010 Percival coordenava a campanha para deputado federal de Roberto Dorner (PSD) e, segundo o MPE, disponibilizou máquinas do município para realizar serviços particulares em troca de favores eleitorais e também para transportar material de campanha. O empresário Walmir teria se aproveitado direta e indiretamente dos atos de Percival, de acordo com a denúncia.

A ação civil pública do MPE pediu em caráter liminar o bloqueio de bens do prefeito e do secretário, o que significa um montante de aproximadamente R$ 150 mil.

Além de não ter sido notificado sobre o caso, Percival saiu em defesa de Walmir, afirmando que este “apenas prestou o serviço dele sem envolvimento nenhum com política. A promotora tá meio doida, denunciando aí”.

A promotora Roberta Cheregati entrou com uma ação civil pública contra os gestores com base em depoimentos de vereadores e servidores públicos a respeito dos atos de ambos durante o período eleitoral.

Eles ainda têm de apresentar suas respectivas defesas. Percival disse que vai tentar  esclarecer o caso antes de pensar em uma resposta judicial à ação do MPE. Já Walmir não foi encontrado porque estava visitando uma gleba na zona rural onde não há sinal de telefone celular, segundo o próprio prefeito.

Com informações da assessoria de imprensa do MPE

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