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Zeca Viana insiste com Plano de Desenvolvimento Florestal para Mato Grosso

Da Assessoria/ Dep. Zeca Viana

O projeto de implementação do Plano de Desenvolvimento Florestal de Mato Grosso foi o assunto debatido entre o deputado estadual Zeca Viana (PDT) e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Vicente Falcão e a secretária-adjunta da Sema, Suely Bertoldi. Como coordenador-geral da Frente Parlamentar da Agropecuária, Zeca Viana vem defendendo — desde 2011 — que o estado adote um plano de desenvolvimento como forma de assegurar a Mato Grosso a floresta sustentável e a competitividade no setor de base florestal.

Para expor a viabilidade do plano, Zeca Viana trouxe a Mato Grosso — mais uma vez — um representante da empresa norte-americana Weyerhaeuser. Trata-se do engenheiro florestal, Marcelo Santos Ambrogi, da empresa IMA Gestão e Análise Florestal e que presta serviços à Weyerhaeuser.

Marcelo disse que a empresa tem interesse em fazer a avaliação do potencial de expansão da gestão comercial de florestas nativas e reflorestadas e da manufatura de produtos florestais madeireiros. “Bem como identificar ações que possam ser complementadas para incentivar o crescimento do setor no estado”, falou.

Zeca Viana explicou que a floresta plantada também é uma modalidade de produção agrícola. “A plantação de floresta é um negócio rentável em longo prazo e uma alternativa de recuperação de áreas degradadas. Mato Grosso tem que abrir os olhos e enxergar a necessidade de se fazer o diagnóstico para a implantação deste plano. Pois já temos grandes empresas de olho em Mato Grosso, como a Weyerhaeuser. Isso significa emprego, renda e sustentabilidade ao Estado. A floresta plantada é uma das lavouras menos impactante”, disse o deputado.

Contudo, acrescentou Zeca Viana, já que no Brasil a plantação de Floresta é ligada ao Meio Ambiente, é preciso sensibilizar e obter o apoio da Sema. Tanto o secretário Vicente Falcão quanto a secretária-adjunta Suely Bertoldi disseram reconhecer a relevância do projeto e a necessidade de um Plano de Desenvolvimento. “Vejo com bons olhos a iniciativa de Zeca Viana, mas é preciso estudar a viabilidade”.

CIPEM – Aproveitando a ocasião, Zeca Viana levou a proposta aos dirigentes do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem). “A ideia é de atrair parceiros para este projeto macro. Queremos agregar o conhecimento do Cipem à proposta”, Falou.

O projeto foi apresentado ao diretor executivo do Cipem, Alvaro Leite, à superintendente de Desenvolvimento Sustentável, Silvia Fernandes e ao superintendente de Gestão, Ramiro Azambuja e ao novo presidente Geraldo Bento (interino).

CENÁRIO - Segundo Zeca Viana, o setor florestal brasileiro é responsável por 7% das exportações do país, ficando os seus produtos entre os cinco maiores da balança comercial e é responsável por 5% do Produto Interno Bruto (PIB). O Setor Florestal ocupa lugar de destaque entre os segmentos econômicos estabelecidos no Brasil. O país ocupa atualmente a 6ª posição entre os países com maior área de florestas plantadas, que em 2007 somava 5,6 milhões de hectares visando a produção de PFM (Produtos Florestais Madeireiros) e outros 6,5 milhões de hectares plantados para a produção de PFNM (Produtos Florestais Não-Madeireiros).

Estas áreas com florestas plantadas representam a principal fonte de suprimento de matéria-prima para importantes segmentos da indústria florestal, tais como a celulose e o papel, móveis de madeira, siderurgia a carvão vegetal, alimentos naturais, borracha natural. O grande parque floresto-industrial estabelecido no Brasil consumiu em 2007 quase 150 milhões m³ de PFM, e mais de 41 milhões de toneladas de PFNM.

“Atualmente contamos apenas com ações dispersas nesse segmento de alto valor agregado e para o qual Mato Grosso possui grande vocação. Chega a ser irônico falar que Mato Grosso figura na 13º colocação no ranking dos estados brasileiros produtores de florestas plantadas, com 59 mil hectares apenas”, explica Viana.
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