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"PSD ainda não entregou cargos e Silval Barbosa fica em posição difícil"

Da Redação - Priscilla Vilela

A falta de um consenso entre membros do PSD sobre a entrega de cargos já anunciada pelo secretário geral da sigla e presidente da Assembléia Legislativa José Riva continua a gerar impasse sobre a decisão e deixar a medida em suspenso no governo. A suposta decisão de colaboração com o governo do Estado foi anunciada em fevereiro, porém, até o momento, não foi efetivado.

O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), destaca que o acordo da entrega de cargos apenas foi verbalizado e, segundo tem conhecimento, mesmo a carta de Riva ainda não foi entregue. O impedimento para a conclusão da retirada da sigla do Estado seria a falta de acordo entre os partidários, que coloca o governador em uma situação difícil na efetivação da substituição dos cargos a serem esvaziados.

Vale lembrar que o vice-governador Chico Daltro também pertence ao PSD, o que gera ainda um desconforto dentro do próprio Palácio Paiaguás. Por isso, ainda segundo Romoaldo, o governador está certo em ainda não ter assinado as cartas de demissões e lembra que, mesmo que a exclusão seja realizada, a sigla continua a apoiar o governo. “Silval está certo, tem que dar tempo ao tempo, ele está em uma situação difícil”, declarou.

Entretanto, de acordo com o líder do governo, há a expectativa de que já na próxima semana deva ser iniciado o processo de substituição dos cargos a serem devolvidos. Até mesmo porque o próprio Riva declarou que a debandada do PSD para dar um voto de confiança ao chefe do Executivo é irrevogável, e o prazo estipulado por ele para que a decisão fosse efetivada já venceu em 1º de março.

Enquanto o anúncio não sai do papel, a possibilidade de que a entrega de cargos tenha sido um jogo de cartas para articular uma base política independente para as eleições municipais começa a ser fortalecida.
 
Porém, a possível estratégia pode vir a não se firmar, já que fortes componentes do partido, como Eliene Lima e o próprio vice-governador, se mostraram insatisfeitos com a decisão, já que atuaram em prol da candidatura de Silval.
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