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"Prioridade da CPI do Cachoeira é quebar sigilo da Delta e de laranjas"

De Brasília - Vinícius Tavares

O senador Pedro Taques (PDT-MT) vai insistir nesta semana para que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do caso Cachoeira aprove requerimentos pedindo a quebra de sigilo da Delta Construções e de empresas laranjas que podem ter participado de esquema envolvendo o bicheiro goiano.

"Esta é a nossa prioridade. Quebrar o sigilo telefônico, fiscal e bancário de pessoas físicas e jurídicas ligados ao grupo", afirmou o senador ao chegar ao Senado, no início da tarde desta terça-feira. (9.10).

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Na retomada dos trabalhos da CPI, os membros da Comissão ouviram depoimento do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), que é acusado de ter se beneficiado de um empréstimo contraído junto a Cachoeira.
Questionado sobre a produtividade da CPI após o período eleitoral, o senador reiterou que a Comissão precisa ter foco.

"A única forma de investigarmos os crimes que foram cometidos é quebrando o sigilo de pessoas e empresas. Vamos tentar aprovar os requerimentos na sessão administrativa marcada para quarta-feira", avisou.

Atualmente, 504 requerimentos dependem de apreciação pelos membros da comissão. Há pedidos para quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Luiz Antônio Pagot e para a realização de acareações entre Pagot e Cachoeira e entre Pagot e Fernando Cavendish (presidente licenciado da Delta Construções). Os requerimentos se basearam em declarações de Pagot sobre obtenção de recursos junto a empreteiras para campanha eleitoral e em pagamentos efetuados pelo Dnit à Delta.

Já o pedido para convocação do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), continua na lista. Trata-se do requerimento 490/ 12, apresentado pelo deputado Filipe Pereira (PSC-RJ). O parlamentar argumentou que o governo mato-grossense mantém contratos com a empresa Delta, ligada ao contraventor Carlos Cachoeira, e mencionou escutas da Polícia Federal em que Cachoeira demonstrava interesse em assumir a loteria estadual.
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