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Suspeito de matar advogada gasta parte do dinheiro roubado com compras e prostitutas

Da Redação - Max Aguiar

O suspeito de ter matado a advogada Alessandra Martignado no município de Primavera do Leste no último sábado (30), Cristiano Inácio dos Santos, 24, teria feito compras na cidade com o dinheiro do roubo e na sequencia teria ido tomar cerveja e gastar o resto do dinheiro no início da noite com mais três pessoas que seriam duas prostitutas e um garoto de programa.

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“Ele levou R$ 5 mil do local do crime e em seguida pegou a camionete e começou a dar voltas na cidade. Fez compras e depois foi encontrar com os amigos dele. Seriam três pessoas, duas meninas e um homossexual. De acordo com nossas investigações, todos fazem programa e estariam com o Cristiano [suspeito de ter matado a advogada]. Ele teria gasto uma parte do dinheiro comprando e outra parte estaria curtindo com os amigos”, disse o delegado Marcelo Jardim, responsável pela Delegacia de Roubos e Furtos de Primavera do Leste.

Essas pessoas que estavam com Cristiano Inácio dos Santos, 24, na camionete que também seria um produto de roubo feito por ele contra a advogada, serão interrogadas para dar continuidade nas investigações do caso.

“Já sabemos quem são as pessoas e que elas estão com medo de alguma represália da sociedade. Eles estão na cidade escondidos. Vamos ouvi-los em breve. Por enquanto, o que sabemos é que eles estavam com o suspeito no carro momentos depois do fato, mas participação no crime ainda é muito cedo para citar alguma coisa”, disse o delegado Marcelo.

Cristiano Inácio foi perseguido pela polícia, a Hillux da advogada que estava em seu poder foi alvejada pela polícia e em seguida capotou e foi parar dentro de um lago. O suspeito foi atingido com tiro na perna e teve diversas escoriações pelo corpo. A informação de linchamento foi descartada pela Delegacia de Roubos e Furtos da cidade.

O delegado Marcelo também confirmou que o acusado está em estado grave no Hospital Regional de Rondonópolis e pelo que consta do boletim médico divulgado esta manhã, ele teria reagido mal a um medicamento e apresentou piora. O estado de saúde é delicado.

Quanto a possibilidade de ter cometido algum crime sexual contra a advogada Alessandra antes de mata-la, foi constatado via exames feitos no cadáver que isso não aconteceu. “Foram feitos alguns exames que comprovaram que ele [Cristiano] não teria cometido nenhum crime sexual. Por enquanto a única coisa que podemos confirmar é isso”, disse o delegado.

Em respeito ao luto, a Polícia Civil ainda não começou a colher informações dos parentes da vítima. “Falamos de maneira informal com alguns familiares, mas estamos esperando passar o período de luto para dar início de maneira oficial nos detalhes de envolvimento da advogada com o Cristiano. Até onde sabemos, ele e ela nunca tiveram nenhum tipo de relacionamento”, confirmou o delegado Marcelo Jardim.

Sobre uma possível morte do criminoso, o delegado explica como irão funcionar as investigações. “Se por algum acaso ele nem chegar de ser interrogado e não suportar os ferimentos e morrer no hospital, as investigações não param. Vamos a fundo saber o por que disso. Tentaremos através dos depoimentos de algumas testemunhas e parentes e com certeza alguma resposta será dada. Por enquanto trabalhamos na hipótese de ter sido um latrocínio [roubo seguido de morte] ou de uma homicídio seguido de roubo, que é quando o criminoso chega para matar e quando vê algum dinheiro ou outro objeto de valor acaba roubando. Ambos os crimes tem pena máxima de 30 anos de prisão”, explicou o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Primavera do Leste.
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