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Notícias / Copa 2014

Mulheres levam a melhor em bolões e desbancam ‘especialistas’

G1

 Se Felipão tivesse a mesma sorte de Fernanda Corvello, 35 anos, a falta de estratégias poderia ter levado o Brasil a erguer a taça no domingo (13), no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, na final da Copa do Mundo. A analista de mercado financeiro desbancou mais de 25 homens no bolão da empresa em que trabalha, em São Paulo, e levou o prêmio de R$ 1.620. “Entendo nada, eu olho lá, ponho um palpite e às vezes dá sorte”, explica.

E não foi a primeira vez. A paulistana já melindrou os colegas na Copa das Confederações. Única apostadora feminina, ela arrematou R$ 800 à época do campeonato, em 2013. “Eles estão reclamando para caramba, [dizendo] que foi só chute, que mulher não entende nada. A maioria ficou revoltada”, comenta.

A vitória da Alemanha também consagrou a agente de viagens Joyce Ferreira, de 33 anos. Estreante em apostas futebolísticas, ela recorreu aos conhecimentos do noivo, e foi a primeira a entregar, em uma planilha de Excel, todos os palpites. Apesar da ajuda, garante que tem noção do assunto. “Eu sempre acompanhei, gosto bastante de futebol, e meu noivo é fanático. Vejo os jogos do Palmeiras também. Mas torcia mais pelo meu bolão do que pela Copa”, confessa.

Joyce concorreu em um bolão que é organizado pelo primo desde 2002. A competição tem site, perfil no Facebook e um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp.

Os resultados e o ranking eram atualizados logo após as partidas. Assim como Fernanda, Joyce compôs uma apostadora minoria feminina. Dos 28 participantes, apenas ela e outras duas mulheres empenharam R$ 100 para garantir lugar na brincadeira.

As previsões da agente de viagens foram elaboradas com base nas performances das seleções e dos jogadores. Ela subiu de posição após a Alemanha bater a França, nas quartas de final, e graças ao patriotismo dos seus concorrentes. “Foi pensado, estratégico. No dia 8 que passei para o primeiro lugar porque muita gente tinha apostado no Brasil", analisa.
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