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Maestro usa orquestra para melhorar relação entre alunos e professores

G1

Depois de dar aulas de filosofia por dez anos, o maestro da Orquestra Filarmônica Nacional, Walter Lourenção, decidiu aplicar o que aprendeu no mundo da música para contribuir para a formação de professores e a relação entre os alunos e a escola. Criado há cerca de três anos, o projeto Sinfonia Educar atende a escolas e turmas de todas as séries com encontros que incentivam a interação e a criatividade.

“Sempre me interessei muito pela educação e a orquestra pode transferir modelos para analogias, já que tanto a orquestra quanto a escola são unidades de treinamento e aprendizado contínuo, em que é fundamental um bom relacionamento interpessoal", diz ao G1.

"Para uma boa educação, é necessária a participação de todas as pessoas envolvidas no processo de ensino, ou seja, alunos, pais, funcionários e professores. Comparo essa interação com a necessidade, dentro de uma orquestra, de instrumentos de sopro, metais e cordas, por exemplo, que se completam.”

Lourenção explica que os encontros não são palestras meramente teóricas e devem, de preferência, contar com a participação de pais, alunos e da escola. “A orquestra é a parte mais importante desse encontro porque ela demonstra os conceitos que eu apresento aos participantes do projeto”, afirma o maestro.

Os espectadores são chamados a participar da palestra para fazer perguntas ou de forma interativa, ao serem convidados a reger a orquestra, por exemplo, ou sentar ao lado dos músicos durante a execução de uma obra. “Eles falam sobre o que ouvem e o que sentem para conhecer e entender o funcionamento da orquestra. Meu intuito é fazer as pessoas compreenderem que só com a participação ativa de todos os músicos é possível formar uma bela orquestra”.

A Orquestra Filarmônica Nacional tem cerca de 50 integrantes e existe há 20 anos.
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