A ausência de lideranças fortes na política mato-grossense, agravada com a saída do governador Blairo Maggi da disputa em 2010, pode ser comparado com 1978, ano seqüente à divisão do Estado. A comparação foi feita pelo deputado federal Pedro Henry.

“O que ocorre é que desde quando o governador anunciou que não participaria da disputa eleitoral em 2010, está se repetindo o cenário de 1978, quando tivemos uma clareira política com a divisão do Estado, em que a maioria dos líderes políticos em maior evidência na época eram do hoje Mato Grosso do Sul”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto. Na época os principais líderes eram Pedro Pedrossian, José Fragelli, Wilson Barbosa Martins, Saldanha Derzi e Mendes Canalle, todos de lá.

A parte Norte de Mato Grosso ficou com poucas lideranças. Esse vácuo inicialmente foi ocupado pelo ex-governador Júlio Campos, eleito em 1982 e posteriormente por Dante de Oliveira, que fez uma meteórica carreira, mas morreu preocemente em 2006.

Já atualmente não se pode falar que exista uma grande liderança no Estado, os nomes como o do senador Jaime Campos (DEM) está desgastado, assim como o prefeito Wilson Santos (PSDB) que também terá que lutar contra o desgaste do segundo mandato.

Mas alguns novos nomes estão sendo lançados como "teste", dentre eles, Mauro Mendes (PR), Silval Barbosa (PMDB), Otaviano Pivetta (PDT), Julier Sebastião da Silva e Pedro Taques.

Segundo Henry, após a desistência de Maggi muitos partidos apresentaram alguns nomes para serem avaliados, porém o PP optou por percorrer o Estado e definir um projeto para Mato Grosso, além de traçar um perfil do governador para 2010.

Apesar de Pedro Henry não querer falar em nomes, boa parte dos progressistas aponta o deputado José Riva como o melhor nome ao governo do Estado. “Na verdade ele é um deputado estadual eleito e se for candidato novamente ele será campeão de votos graças ao trabalho e particularidade política em Mato Grosso. Nos deixa envaidecido ter um companheiro como ele no partido”, afirmou.