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Notícias / Cidades

Médicos da rede pública de Cuiabá entram em greve

Da Redação - Patrícia Neves

Os médicos que atuam na rede pública da capital deliberaram em assembleia na noite de hoje, 3, que cruzam os braços em exigência a melhores condições de trabalho e por segurança a partir da próxima segunda-feira, 9. A presidente do Sindicato dos Médicos de Cuiabá, Eliana Siqueira, afirmo ao Olhar Direto que a categoria quer uma negociação direta com o prefeito da capital, Mauro Mendes (PSB).

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“Entendemos que essa é a única estratégia para que possamos despertar a atenção  e fazer com que nos apresente uma proposta de verdade. A negociação sempre ficou a cargo dos secretários de saúde, mas queremos um diálogo com o  prefeito”, disse Eliana.

A médica pediatra declarou ainda que a Secretaria Municipal de Cuiabá (SMS) protocolou na última sexta-feira, documento reiterando as dificuldades enfrentadas  e propondo uma reunião para debater as pautas na data de 23 de fevereiro. Ainda conforme a presidente do Sindicato, o documento sugere a instalação de uma comissão para tratar do assunto.”Nessa reunião é que então o número de profissionais seria apresentado, a questão salarial e também concurso seria discutidos”.

A questão salarial é outro ponto elencado pela médica e sindicalista. A categoria cobra o cumprimento do piso da Federação Nacional dos Médicos (Fenam),  que é de R$11.675, pelo Executivo Municipal. Em Cuiabá o salário é de R$ 3,5 mil para 20 horas de serviço e para contratados é de R$ 2,8 mil, mas como os valores são baixos pagam gratificações aos profissionais e os salários chegam a R$ 6 mil, conforme explicação de Eliana.

Segundo Eliana, a categoria suspendeu um movimento de mobilização em prol de melhores condições de saúde a população quando da posse de Mendes. “Demos um voto de confiança e suspendemos uma mobilização de mais de 60 dias”.
Executivo
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá informou que  na última sexta-feira, 30, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) documento expondo as medidas a serem adotadas, dentro da das reais possibilidades do município, e contendo ainda  respostas aos quesitos elencados pelo Sindicato.  Informou ainda que me caso de paralisação da categoria, o município de Cuiabá possui um plano de contingenciamento para atenção básica. Frisou ainda que o Executivo Municipal obteve liminar favorável obrigando o atendimento em 60% nos postos de Programa de Saúde da Família (PSF) e de 100%  nas policlínicas e Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). 
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