Pela primeira vez em muitos anos, a apresentação do balanço fiscal do governo de Mato Grosso, na Assembleia Legislativa, não foi simples ‘jogo de compadres’. O secretário de Estado de Fazenda, Paulo Ricardo Brustolin, e seu adjunto Antônio Rocha, do Tesouro, foram duramente fustigados pelos parlamentares, que contestaram números, formato, valores e datas. Os deputados Emanuel Pinheiro (PR) e Zé Carlos do Pátio (SDD) foram os mais incisivos, nos questionamentos. Pinheiro chegou ao ponto de apresentar seu própria balanço, ignorando os dados levados pelo titular da Sefaz. “Com o perdão do atrevimento, peço permissão ao secretário Paulo Brustolin para apresentar os números verdadeiros”, disparou Emanuel, que levou 23 minutos para supostamente mostrar os dados verdadeiros, com base em publicações no Diário Oficial do Estado. Brustolin desmentiu Pinheiro, mas a semente da dúvida já tinha sido plantada na cabeça dos deputados e telespectadores da TV Assembleia. Tudo indica que o jogo de compadres, comum em ‘sabatinas’ do gênero, ficou mesmo no passado.