Imprimir

Notícias / Cidades

Mulher se passa por sobrinha do governador e diz ter sido mantida refém por ex-namorado

Da Redação - Wesley Santiago

Bruna Martins Bianchi, 29 anos, foi encaminhada ao Cisc Planalto (Centro Integrado de Segurança e Cidadania), em Cuiabá, na tarde desta quinta-feira (04), após se passar por funcionária pública. Aos policiais, ela disse que foi mantida em cárcere privado pelo ex-namorado e relatou ainda que seria sargento do Corpo de Bombeiros e sobrinha do governador Pedro Taques (PDT). Em contato com o Olhar Direto, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, negou a informação. Após consulta, foi descoberto que ela não integra o quadro da corporação.

Leia mais:
Criminosos que assaltaram empresário são mortos após troca de tiros com a Força Tática
 
De acordo com o Boletim de Ocorrência (nº 2015.157190), a mulher acionou a Polícia Militar e disse que havia sido mantida em cárcere privado pelo seu ex-namorado. Segundo ela, o homem invadiu o seu quarto e começou a agredi-la com tapas e fazer ameaças de morte, caso ela não voltasse a ficar com ele.
 
Ainda conforme o Boletim de Ocorrência, ela ficou no local até ás 06 horas, onde adormeceu. Quando acordou, o suspeito não estava mais lá. Foi ai que ela chamou a viatura. Aos policiais, ela se apresentou como sargento do Corpo de Bombeiros e sobrinha do governador Pedro Taques. Ela vestia trajes da corporação além de afirmar que trabalhava à disposição do chefe do Executivo.
 
Porém, após consulta, os policiais descobriram que a história de Bruna não batia, já que o nome dela não constava no quadro da corporação. Outro Boletim de Ocorrências foi feito pelo crime de falsidade ideológica, já que ela se passou por funcionária pública. Durante o depoimento, a mulher acrescentou que da última vez que foi agredida, teve a sua arma roubada pelo rapaz.
 
Bruna foi encaminhada ao Cisc Planalto onde as devidas providências foram tomadas. Em consulta ao site do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) a reportagem identificou que a mesma foi condenada a mais de três meses de prisão por se envolver com entorpecentes há alguns anos.
 
Sem parentesco
 
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, informou ao Olhar Direto que entrou em contato com o governador e que ele disse não conhecer a mulher. A reportagem ainda conversou com um policial da base que atendeu a ocorrência. Ele, que não quis se identificar, confirmou que a história da mulher não batia.
Imprimir