Cerca de 300 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participam na tarde de hoje, 21, de ato público contrários a atos rotulados como ‘golpistas’, a exemplo do manifesto realizado no último domingo, 16, onde foram coletas assinaturas pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Cerca de 40 policiais militares acompanharam o protesto e não há registro de nenhuma ocorrência durante o ato.
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A praça Ipiranga, na área central de Cuiabá, foi palco da concentração do evento - organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na sequência, os manifestantes fizeram uma caminhada pela avenida Getúlio Vargas.
A representante do MST, Bê Silva, informou que o movimento não é favorável a mudanças implementadas no segundo mandato da gestão Dilma. “Entendemos que a classe trabalhadora é prejudicada por algumas medidas, como a redução de 40% na destinação de recursos à reforma agrária”.
O presidente da CUT em Mato Grosso, João Luiz Dourado, afirmou que a escolha do dia e horário para o ato público integra uma estratégia para chamar à atenção. Ele critica a mídia, que considera, antidemocrática quanto a cobertura dos protestos pelo país.
“Não temos apoio da mídia, que não é democrática e por isso escolhemos essa data para chamar atenção e manter diálogo com as pessoas que estão trabalhando. Não podemos fechar a grade de programação para cobertura”.
Ele ainda reafirma que a “a classe trabalhadora foi às ruas em defesa da democracia e vai defender acima de tudo que o estado democrático de direito seja garantido”.
Ainda durante o movimento, os manifestantes deixaram claro o posicionamento contrário as ações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB),que denonimam como líder da ‘onda conservadora’. Segundo os manifestantes, ele representa um verdadeiro 'retrocesso' e um ataque à democracia.
Apoiam o ato, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, além da União Nacional dos Estudantes (UNE).
(Colaborou Patrícia Neves)