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“Toda essa turma que era da Secopa também devia estar presa”, dispara secretário

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

“Toda essa turma que era da Secopa (a extinta Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo) também devia estar presa”. A declaração é do secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto, que na reunião da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), de segunda-feira (19). Chiletto ainda lembrou a prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e acrescentou que “se não for para ser serio eu volto para casa”.

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“Estamos em um estado de transformação. Olha ai o ex-governador preso. Toda essa turma que era da Secopa também devia estar presa. O tanto de irregularidades que eles deixaram, o tanto de coisa errada e eu tenho que segurar essa onda”, disparou o secretário na Sala de Comissões da ALMT, onde foi ouvido pelos deputados.

As declarações surgiram após o deputado Emanuel Pinheiro (PR) questionar a contratação da KPGM, através de dispensa de licitação, para fazer uma consultoria a cerca da viabilidade do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), de quanto o Estado realmente deve ao Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande e de como deverá ser a operação do modal.

O deputado republicano lembrou o fato da empresa ter participado da fraude de relatórios da Petrobrás, além não ter expertise sore o VLT e de terem ocorrido denúncias quanto ao processo de contratação dela. Por outro lado, Eduardo Chiletto afirmou que o Ministério Público Estadual arquivou as denúncias e que o corpo técnico da Secid não analisa as questões políticas no histórico de uma empresa.

“Meu corpo técnico analisa certificados, documentos. E são esses certificados e documentos eu comprovam o expertise da empresa. Está tudo aqui”, disse, enquanto apontava para um calhamaço de papéis da dispensa de licitação, que contou com convite a 12 empresas diferentes até chegar a escolha da KPMG.
 
Chiletto ainda informou que trata os problemas com seriedade e que não precisa ‘sujar o nome’: “Já disse ao governador Pedro Taques (PSDB) que se não for para ser sério eu volto para casa. Não preciso sujar meu nome. Não sou politico, sou um técnico”.
 
Mais cedo, o secretário revelou que a prefeitura de Petrolina (PE) fez uma oferta (em maio) para comprar o material rodante do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Ainda conforme o gestor, a garantia dos trens termina em novembro deste ano. Ao todo, os 40 vagões do novo modal custaram R$ 497.990.000,00 aos cofres públicos.
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