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Cuiabá e Várzea Grande já registram 362 execuções e DHPP esclarece 57% dos casos

Da Redação - Patrícia Neves

 Cuiabá e Várzea Grande acumulam um saldo de 362 assassinatos registrados no período de janeiro a 14 de dezembro. Na prática, um crime em média a cada 25 horas. Boa parte desses crimes está ligada ao tráfico de drogas e foi registrada em bairros de periferia das duas cidades.
 
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A delegada titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Anaíde Barros, informou na manhã de hoje, 16, que 57% dos crimes tiveram a autoria identificada. A cidade de Cuiabá acumula um ‘saldo’ de 220 execuções e, deste montante, 135 foram esclarecidos. Já na cidade de Várzea Grande, foram identificados os responsáveis por 72 casos.  
 
Questionada sobre as ações que suscitam a discussão sobre um grupo de extermínio – que suspostamente – seria responsável pela morte de envolvidos  com crimes ou que já possuíam algum histórico criminal, ela ponderou quanto às semelhanças, mas não confirma a existência do ‘grupo’.
 
Questionada sobre as mortes registradas no  ‘bairro Pedregal’,  que em novembro foi palco de três execuções no mesmo ‘modo de atuação’ em um espaço de 72 horas, ela ponderou quanto à instalação de uma ‘força-tarefa’. A ação, associada a inúmeras mensagens divulgadas por meio de aplicativos celulares e mídias sociais, gerou medo diante de um suposto ‘toque de recolher’.  A Secretaria de Segurança Pública, na época, chegou a montar uma grande operação para combater a criminalidade na área.
 
A ação reúne casos registrados desde 2014. Um dos exemplos, trata-se da chacina do São Mateus. O bairro de periferia da cidade de Várzea Grande foi palco da morte de cinco pessoas. Outras três ficaram feridas. O crime foi cometido pouco depois de 24 horas da morte do major da Polícia Militar, Claudemir Gasparotto. O militar foi fuzilado quando chegava à sua casa, também, na
mesma cidade.
 
“Essa força-tarefa reúne 62 inquéritos.  São situações investigadas desde o ano de 2012”. Cuidadosa, ela afirmou que o sigilo no processo de apuração é fundamental para a elucidação dos casos. 

O diretor geral da Polícia Civil, Adriano Peralta, declarou que é prematuro proferir qualquer juízo de valor a respeito das investigações (grupo de extermínio). Qualquer coisa que dissermos, pode atrapalhar a atuação daqueles que estão investigando”, ressaltou o delegado.
 
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