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Em greve desde setembro, médicos do INSS decidem retomar atividades dia 25

Da Redação - Patrícia Neves

Os peritos médicos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) decidiram  retomar  às atividades no próximo dia 25 de janeiro, mas mantendo  o ‘Estado de Greve’, em Mato Grosso. A greve dos médicos peritos teve início no dia 4 de setembro do ano passado e novas paralisações no futuro não estão descartadas. 

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De acordo com a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Nacional, cerca de 2 milhões de perícias deixaram de ser feitas neste período. 

A categoria denuncia ainda que em cinco anos quase  três mil  peritos abandonaram a carreira e atualmente a taxa de evasão é de 2 peritos por dia útil, algo inédito no serviço público federal.

Em nota, a Associação cita que “apesar da longa paralisação o Governo se manteve insensível e negligente ao drama da população”. A perícia médica é exigida para que o cidadão receba benefícios como o auxílio-doença, à aposentadoria por invalidez, a aposentadoria especial e o reconhecimento de acidentes de trabalho.

Os peritos médicos do INSS irão retornar aos postos de trabalho, em estado de greve, para manter apenas o atendimento essencial, ou seja, aqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Os segurados que já se encontram amparados pelo benefício previdenciário tem seus direitos mantidos e deverão continuar recebendo.

Segundo o representante de Mato Grosso da ANMP, Birston Cristiano da Silva, os médicos farão somente os atendimentos agendados e considerados prioritários.  "A ideia é tentar é tentar ajudar os prejudicados com a greve. Então, faremos o atendimento de exames iniciais e de altas a pedido, quando o cidadão entende que não precisa mais do benefício. É importante lembrar que vamos seguir os agendamentos, ou seja, no dia 25 atenderemos quem está agendado para essa data”, afirmou.
 
Todo o efetivo de médicos peritos retornará ao trabalho, priorizando os atendimentos essenciais. O atendimento de exames iniciais, por exemplo, beneficiará quem ainda não recebe o benefício e precisa comprovar a condição.

“O governo fechou os olhos para o problema e não negociou conosco. Voltaremos ao trabalho mesmo sem a existência de nenhum acordo. Mesmo assim não desistimos e continuaremos tentando um diálogo para que as nossas exigências sejam atendidas”, declarou.

A categoria reivindicava  a redução da carga horária de 40 horas para 30 horas, a incorporação de benefícios ao salário, a redução de níveis de progressão, a recomposição do quadro de peritos e o aumento salarial de 27%, dividido em dois anos. 
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