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Paulo Prado assegura que comparece para depor na CPI, mas crê que deputados têm missões maiores

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

A sobrancelha erguida e a cara fechada marcaram a reposta do procurador geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Roberto Prado, sobre o anúncio dos deputados de que será um dos convocados para depor na CPI das Cartas de Crédito do Ministério Público. “Se eu for convocado [para prestar depoimento], sim, eu vou. Mas creio que os nossos dignos deputados estaduais têm tarefas muito mais importantes e urgentes, como problemas na saúde e na educação, do que requentar um assunto bastante investigado”, argumentou Prado, minutos depois de se reunir com o governador José Pedro Taques (PSDB) e a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, nesta quinta-feira (28).

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“É um tema desgastante [pagamento de cartas de crédito a procuradores e promotores], porque já passou por duas auditorias do Tribunal de Contas do Estado e do Conselho Nacional do Ministério Público”, afirmou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
Paulo Prado lembrou não é a primeira vez que o pagamento é investigado e lamenta que o Poder Legislativo de Mato Grosso gaste preciosa energia, inclusive com recursos financeiros e humanos, para retomar o assunto. “A CPI é sobre um órgão que é exemplo nacional e que atende à população dia e noite”, citou o procurador geral de Justiça.
 
“De qualquer forma, como defensor da transparência, acho ótimo que a Assembleia requeira ao TCE os dados da auditoria. Impressiona é que os deputados têm tanta coisa para fazer, talvez mais importante do que se preocupar com isso [valor das cartas de crédito do MP]. Confiamos na lisura do processo”, emendou ele.
 
“Interessante é que alguns parlamentares são experientes. Tem quem já foi prefeito e sabe dos desafios que enfrentamos diariamente, na administração pública”, disse Paulo Prado, tomando o cuidado de não citar normalmente o deputado Wilson Santos (PSDB), membro titular da CPI e ex-prefeito de Cuiabá (2005-2010). Na véspera, Wilson Santos tinha lembrado à reportagem do Olhar Direto que em nenhuma das CPIs das quais participou havia terminado em pizza.
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