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Silval e Nadaf montaram esquema para 'recomprar' área do Estado doze anos após aquisição

Da Redação - Patrícia Neves/Da Reportagem Local - Wesley Santiago

O ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, são investigados pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), como sendo os principais articuladores do esquema para a ‘compra’ de uma mesma área de 3.240 hectares na região de Manso, área de Chapada dos Guimarães (a 64 quilômetros de Cuiabá). Ambos, que prestam depoimento nesta tarde (1) em um processo por fraudes em concessão de incentivos fiscais da ordem de R$ 2,6 milhão, serão alvos do Gaeco.

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A dupla, que está presa desde setembro de 2015, segundo a apuração, foi responsável diretamente por permitir a negociata, que lesou em R$ 7 milhões o erário público.
 
Alvo de investigação, a área de 3.240 mil hectares foi vendida no ano de 2002 pelo médico Filinto Corrêa da Costa, de 73 anos,  ao Governo do Estado pela quantia de R$ 1,8 milhão. Doze anos depois, novamente, parte da propriedade que já pertencia ao Estado foi ‘readquirida’ por meio do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat). O processo, ainda segundo o MPE, era de competência da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), mas foi 'levado' para o Instituto de Terras. O médico, de acordo com decisão da 7ª Vara Criminal, deverá usar tornozeleira e apresentar-se em juízo uma vez por mês. O decreto de prisão é da juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane de Arruda.
  
No ano de 2014, parte dessa mesma área, foi revendida ao Estado pela quantia de R$ 7 milhões.  Os pagamentos foram realizados em duas parcelas (novembro de dezembro de 2014). Cada uma delas pela quantia de R$ 3,5 milhões. 

Ainda de acordo com a Gaeco, nesta manhã foram presos o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, além do ex-secretário de Adminstração, coronel PM José de Jesus Cordeiro. 
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