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Notícias / Meio Ambiente

Fiscais flagram madeireiras fantasmas em Mato Grosso

Globo Amozônia

Operação realizada pelo Ibama nos municípios de Juína, Brasnorte, Aripuanã e Juara, em Mato Grosso, e encerrada nesta semana, identificou a ação de madeireiras fantasmas, prática que tem sido flagrada repetidamente na região amazônica.

As empresas acusadas de envolvimento apresentavam movimentações suspeitas de transporte de madeira no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora) de Mato Grosso.

A fraude, segundo o instituto ambiental, consistia em emitir guias florestais pelo sistema, repassando créditos de madeiras de empresas existentes a empresas de fachada.

A guia florestal serve para que o fluxo de madeira possa ser monitorado. Desde o corte na floresta, o volume extraído fica registrado num sistema eletrônico sob a forma de créditos, como numa conta bancária. Cada transporte entre as empresas que compram e vendem a madeira precisa ser registrado no sistema e tem de ser feito acompanhado da guia. O método permite à fiscalização, por exemplo, determinar o volume legal exato que uma madeireira pode ter em seu pátio.

Por meio de fraudes no sistema e criação de guias com dados fictícios, é possível “esquentar” madeira extraída ilegalmente de áreas não autorizadas e até unidades de conservação (veja infográfico abaixo).

Além de configurar crime ambiental, a fraude também se enquadra em sonegação fiscal. Segundo o Ibama, foram levantadas informações que demonstraram que cerca de 7 mil metros cúbicos de madeira foram transportados “virtualmente” no sistema Sisflora, o equivalente a 280 caminhões carregados.



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