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Governo deve acionar empresa na Justiça por problemas em obra de quase R$ 8 milhões

Da Redação - Wesley Santiago

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cidades (Secid), deve acionar a empresa Ster Engenharia na Justiça por conta de problemas encontrados na obra da trincheira Ciríaco Cândia, localizada entre as avenidas Miguel Sutil e Ciríaco Cândia. Segundo o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), apresentado em dezembro, existe uma grande quantidade de água minando no local.

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“A drenagem feita na parte de trás da cortina foi serviço feito pela Ster Engenharia. Pela concepção do projeto, a drenagem na parte traseira da cortina seria feita pelos barbacãs e, com o tempo, haveria o rebaixamento do lençol freático. Entretanto, a água ainda “mina” em grande quantidade na região, o que indica que não houve rebaixamento do lençol. A Secid intenciona acionar judicialmente a empresa Ster Engenharia, de modo a verificar se a mesma executou o que estava previsto no projeto e para correção das eventuais falhas”, diz trecho do relatório.
 
Vale ressaltar que o contrato com a Ster Engenharia foi rescindido pelo governo. Quem atualmente toca a obra é a Métrica. A Procurador Geral do Estado (PGE) também “está propondo uma Ação de obrigação de fazer junto empresa Ster Engenharia para correção de não conformidades atribuídas a esta”, segundo o relatório do Tribunal de Contas do Estado.
 
Um dos serviços incluídos na obra foi o tratamento das juntas, por meio de injeção de poliuretano (PU) e a confecção de uma canaleta, na intersecção da cortina com o solo, para a coleta de água, já que o lençol freático existente no local é alto. A canaleta tem como função evitar que a água vá para a pista de rolamento da trincheira, o que vinha ocorrendo com frequência na época das chuvas.
 
A construção está orçada em R$ 7,7 milhões. A empresa Métrica Construções retomou os trabalhos na trincheira na segunda quinzena de outubro, cumprindo os prazos estabelecidos pelo Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), firmado entre o Governo de Mato Grosso, empresas e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), para conclusão dos projetos da Copa do Mundo de 2014.
 
As investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das obras da Copa do Mundo de 2014 apontaram má aplicação de aproximadamente R$ 541 milhões, recursos que precisam retornar aos cofres públicos. Entre as irregularidades constadas estão fraudes em licitações, com a realização de "jogos de planilhas", estratégia em que serviços que não seriam executados eram inclusos nos projetos e tinham seus preços abatidos como forma de compensar os valores superestimados de outros serviços essenciais às obras em questão.
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