Imprimir

Notícias / Cidades

Preso de Mato Grosso é enforcado durante briga de facções em penitenciária do MS

Da Redação - André Garcia Santana

Preso por tráfico de drogas e tráfico internacional de armas, o detento mato-grossense Makanaky Nobre dos Santos Nascimento, de 26 anos, foi assassinado em uma disputa entre facções na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande – MS. A suspeita inicial é de que ele houvesse cometido suicídio, uma vez que foi encontrado pendurado com uma corda no pescoço, na janela do banheiro de uma das celas.

Leia mais:
Sindspen alerta para risco de massacre em MT semelhante ao de presídio em Manaus

No entanto em um vídeo filmado no local é possível ouvir outro detento comemorando a morte de um “CVzão”. Em Cuiabá, onde viveu até o final do ano passado, a vítima possuía passagens pelos crimes de receptação e homicídio. Ele foi transferido no mês de dezembro de 2016 para a capital do estado vizinho, onde morreu na sexta-feira (6).
 
De acordo com o Jornal Midiamax, onde a gravação foi veiculada, o apelido faz alusão aos integrantes do Comando Vermelho, que estaria em conflito com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em vários presídios do País. Foi informado ainda que a disputa pela liderança na Penitenciária já motivou a transferência de 18 internos para outros estabelecimentos prisionais.

No total, segundo levantamentos dos agentes carcerários, 33 homens estariam jurados de morte.  Embora a disputa entre as facções seja antiga, a situação teria se agravado depois da chacina registrada em Manaus, onde mais 50 presos foram mortos. A suspeita é de que seja uma ação coordenada entre as lideranças de facções espalhados por todo o País.

Na última semana o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindpen-MT) lamentou a chacina no Complexo Penitenciária Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), e alertou para o risco de que uma situação parecida vir a ser registrada no Estado. De acordo com o presidente, João Batista, ao contrário do que tem se pregado em alguns Estados, a utilização de parcerias privadas ou terceirização dos serviços nos presídios não é solução.
Imprimir