Pelo menos 17 governadores de Estado consideraram factível e urgente tese do governador José Pedro Taques (PSDB), quanto à necessidade de criação de alternativas para a redução da população carcerária, entre outras medidas para se evitar rebeliões e fortalecimento de facções criminosas. A ideia é criar grupos de discussão de alternativas para diminuir no curto e médio prazo a quantidade de presos atrás das grades.
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Pedro Taques passou toda a manhã desta quarta-feira (18) reunido com o Fórum dos Governadores, discutindo principalmente a crise no sistema prisional, na Residência Oficial de Águas Claras, em Brasília, onde mora o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), do Distrito Federal. A tendência é que sejam criados grupos estaduais que elejam representantes para o grupo nacional.
Oriundo do Ministério Público Federal e com passagem tenaz pelo Senado da República, Taques conhece como poucos o funcionamento do sistema prisional, inclusive os problemas crônicos. A proposta para que os reeducandos de crimes de menos
ofensividade possam trabalhar deve fazer parte da discussão, já que responsáveis por mais de 70% da população carcerária, atualmente.
Já no período vespertino, Taques tem reunião relevante com o presidente Michel Temer (PMDB), para pedir recursos destinados a investimentos em segurança pública e em novas penitenciárias. Além disso, também deve tratar de possíveis mudanças no reescalonamento das dívidas dos estados com a União.
Taques vai comunicar a Temer que Mato Grosso foi um dos poucos estados que tomou medidas preventivas para combater as facções, principalmente após o ‘salve a geral’ do primeiro semestre de 2016, quando ônibus foram queimados e agentes de segurança vítimas de atentados.
Quando deixar o Palácio do Planalto, ainda nesta tarde, o governador segue para reuniões em outros ministérios – a primeira parada é o Ministério da Justiça.