Por redução no repasse para o Uber, motoristas em Cuiabá fazem protesto; fotos
Da Redação - Patrícia Neves/Wesley Santiago
Motoristas de Uber em Cuiabá realizam um protesto na manhã desta sexta-feira,10.Inicialmente se concentraram em frente a Arena Pantanal e, na sequência, seguiram em carreata até o Hotel Deville, onde encontra-se o escritório da empresa.
A meta é chamar a atenção e conseguir a redução do percentual cobrado pelo aplicativo, que é de 25% por corrida. A intenção é conseguir reduzir o repasse para apenas 15%, ampliando a renda dos trabalhadores. Os preços em Cuiabá partem do mínimo de R$ 2,50, aos quais se somam os valores de R$ 1,20 por km rodado e R$ 0,15 por minuto.
(Vídeo: Wesley Santiago/Olhar Direto)
Durante o protesto dos motoristas, o preço dinâmico [quando as viagens ficam mais caras] esteve funcionando, o que encareceu as corridas. O protesto foi organizado através de um grupo do WhatsApp, em que estão praticamente todos os motoristas do Uber. A carreata passou por diversos pontos da capital mato-grossense.
Como já esperado anteriormente, a paralisação não foi total, já que muitos motoristas ainda estavam com os aplicativos ligados durante a manifestação. O Uber ficar com 25% do valor das corridas feitas pelo Uber X, em Cuiabá e a meta é reduzir para 15%. A manifestação também aconteceu em Goiânia (GO), onde quase 200 parceiros do aplicativo aderiram aos protestos.
Quando o Uber chegou em Cuiabá, nos primeiros dias, a empresa oferecia um incentivo para ajudar o motorista a atingir a meta estipulada por dia. Porém, os motoristas explicam que a lógica atualizada atualmente é a da “corrida dinâmica”. Quando existe uma demanda muito grande e poucos motoristas na região, o preço da corrida fica mais caro. Porém, segundo um dos motoristas – que preferiu não se identificar – “essa nova lógica não tem funcionado, pois o número de motoristas tem aumentado a cada dia. Com um grande número de motoristas, a corrida dinâmica permanece sempre no nível mais baixo e o lucro é mínimo”, explica.
Para outro motorista, o principal problema é o alto preço da gasolina. “Talvez esse padrão de tarifa funcione em outros países, mas aqui no Brasil a gasolina está muito cara. Considerando a categoria UberX, com carros mais populares e a exigência do ar condicionado sempre ligado, fica praticamente inviável”.
Por fim, os colaboradores da empresa fazem outra reivindicação, esta, por sua vez, visa a segurança dos próprios parceiros da empresa. Eles exigem da Uber um maior controle no cadastro dos clientes, uma vez que estão expostos ao perigo, principalmente no período noturno.