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Câmara arquiva processos contra vereador acusado de estuprar enteada de 11 anos

Da Redação - Wesley Santiago

Os processos de cassação contra o vereador Chico 2000 (PR) foram arquivados pela Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá. A medida é válida até que haja uma decisão judicial. O vereador Justino Malheiros (PV), presidente da Casa de Leis, foi quem fez o anuncio, nesta quinta-feira (16), junto a Comissão de Ética.

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Na Legislatura passada foram registrados dois pedidos de cassação contra Chico 2000. Os pedidos foram analisados pela Comissão de Ética passada e entregue no início da atual legislatura ao presidente Justino Malheiros. Após uma reunião entre a diretoria da Casa, decidiu-se esperar uma decisão judicial para depois analisar os pedidos.
 
“Como não houve uma condenação decidimos arquivar o processo em desfavor do vereador Chico 2000. Conforme o artigo 20 da Lei Orgânica do Município perderá o mandato o vereador  que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. Por isso,  não vamos fazer pré-julgamentos por ser um processo criminal, ele está na alçada  do judiciário. Assim que a Justiça resolver essa decisão a Câmara tomará as medidas cabíveis a quais lhe compete”, justifica o presidente.
 
O vereador Chico 2000 (PR) voltou a negar o crime e garante que irá se defender, se preciso, na Justiça: “Já entrei em mais de 90% das casas na minha região e está aí o passado para que vocês apurem e me julguem. Não me condenem sumariamente. Quero deixar claro, se eu tivesse defendendo um patrimônio financeiro meu, defenderia de forma normal. A minha honra, eu vou até o inferno para defendê-la”, disparou o vereador.
 
Chico 2000 também não teme uma possível cassação, mas alerta que não quer ser condenado sumariamente: “A câmara tem total liberdade para conduzir este caso da forma que interessar. Só quero ter a garantia do meu direito de defesa, até pela minha história de vida e política. Não vou admitir ser condenado sumariamente, sem direito a defesa”.
 
O caso
 
Chico 2000 é acusado de abusar da própria enteada de 11 anos. O caso veio à tona em novembro do ano passado, dois dias depois de a tia da menina ter denunciado o suposto crime e registrado um Boletim de Ocorrências (BO).  Ainda de acordo com o registro no boletim de ocorrências, a mãe teria pedido para o namorado, o vereador, para que ele conversasse com a filha, uma vez que a achava triste e para convencer a menina para ficar na festa.
 
Conforme relatado pela tia da menina, o vereador teria pedido para a criança sentar em seu colo para conversar, entretanto, enquanto conversavam, o mesmo teria começado a passar a mão na vítima. A tia ainda relatou aos policiais que a sua sobrinha diante a situação saiu do colo do vereador e foi para outro quarto, sendo seguida por ele, onde teve novamente de sentar em seu colo e o mesmo voltou a passar a mão descendo até seus órgãos genitais.
 
Em entrevista ao Olhar Direto, Chico 2000 negou todas as acusações e disse que a garota é “problemática”. O vereador chegou a ficar preso durante dez dias no Centro de Custódia da Capital (CCC), após ter o pedido de prisão temporária decretado. No dia da diplomação na Câmara de Vereadores, ele conseguiu uma liminar e foi solto.
 
Após a finalização do inquérito, o Ministério Público Estadual (MPE) irá decidir se denuncia ou não o parlamentar pelo suposto crime. A Deddica também investiga a denúncia de um abuso contra uma adolescente. Porém, a suposta vítima ainda não foi encontrada para prestar depoimento.
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