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Deputado, ex-vereador e controlador são cotados nos bastidores para Secretaria de Saúde

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Apontada como a mais espinhosa estrutura do governo de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Saúde se tornou um autêntico desafio hercúleo para quem aceitar ocupá-la. E é por isso que o governador José Pedro Taques (PSDB) reflete calmamente sobre as alternativas que possui, desde que aceitou o pedido de demissão do secretário João Batista Pereira, na última terça-feira (14).
 
A reportagem do Olhar Direto apurou que os nomes mais cotados são do deputado Doutor Leonardo Albuquerque (PSD), vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, do controlador-geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, e do ex-vereador Maurélio Ribeiro (PSDB), atual presidente do MT Saúde.

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Diante do volume de problemas, Taques deve decidir nesta quinta-feira (16). Ele se encontra em São Paulo, nesta quarta-feira (15), para comemorar o aniversário de 49 anos. João Batista permanece no cargo por um período de transição, até a próxima sexta-feira.

A Secretaria de Saúde possui um passivo considerável com as prefeituras e não há previsão de que o volume seja atualizado. João Batista jogou a toalha justamente por causa das cobranças duríssimas de prefeitos e parlamentares, num cenário de grave crise orçamentária e financeira.
 
Dos cotados, Leonardo Albuquerque é médico psiquiatra. Ele está fora de Mato Grosso, desde o último final de semana, em viagem para resolver assuntos particulares. É a terceira vez que seu nome é defendido, principalmente na Assembleia Legislativa, para assumir a Secretaria de Estado de Saúde. Na primeira vez, quando da demissão do então secretário Marco Aurélio Bertúlio houve sondagem tímida.
 
Contudo, na demissão do secretário Eduardo Bermúdez, a posse de Doutor Leonardo era dada como certa. Tanto que alguns deputados estaduais foram surpreendidos com o anúncio de João Batista. Albuquerque teria recusado o convite para compor o staff de Pedro Taques.
 
A presença de um político, com conhecimento técnico, talvez, seja o que falta para a SES. Isso, além de recursos financeiros, materiais e humanos para fazerem frente à demandas. Caso Leonardo se torne secretário, quem assume sua cadeira na Assembleia é a suplente de deputada Maria Izaura (PDT), que foi duas vezes prefeita de Alta Floresta. Ficou patente que o perfil exclusivamente técnico dos sucessivos titulares tem gerado reclamação de prefeitos, secretários municipais e presidentes de consórcios.
 
Mesmo no páreo, Maurélio Ribeiro e Ciro Gonçalves correm por fora. No comando da Controladoria Geral do Estado desde o início da gestão, Ciro goza da confiança de Pedro Taques. Ele comandou as principais auditorias executadas pelo governo, em 2015. Em dezembro de 2016, foi nomeado interventor na Prefeitura de Chapada dos Guimarães,   com aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Seu trabalho permitiu que a prefeita Thelma de Oliveira (PSDB) assumisse em condições de governabilidade.
 
Maurélio Ribeiro foi secretário de Saúde da Capital e vereador.  Chegou a fazer parte da Mesa Diretora e foi líder do PSDB na Câmara de Cuiabá. Há poucas semanas, foi nomeado presidente do MT Saúde, em substituição ao ex-deputado Carlos Brito (PSB). O nome do  suplente de deputado federal José Augusto Curvo, o Tampinha (PSD) também foi lembrado, nos bastidores. 
 
Pedro Taques vai nomear o quarto secretário de Estado de Saúde, em menos de dois anos e meio da sua gestão. O primeiro foi Marco Aurélio Bertúlio, que foi substituído por Eduardo Bermudez.
 
Bermúdez havia ficado no cargo por quase 10 meses, sendo substituído por João Batista Pereira.  Os três secretários deixaram a pata apontando, nos bastidores, descontentamento com os constantes atrasos nos repasses da Saúde para as prefeturas municipais.  
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