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Com frieza, enfermeiro confessa que sufocou namorada até o desmaio e depois a esfaqueou

Da Redação - Lázaro Thor Borges

Quando a delegada Juliana Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), perguntou  ao enfermeiro Luiz Otávio da Silva, de 25 anos, se as facadas que ele acertou na estudante de direito Ivone Oliveira Gomes, 21, foram premeditadas ele não excitou em responder: “eu acertei na carótida, eu sabia, eu conheço, acertei na veia que vai direto para o coração”, afirmou ele durante depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), colhido na última quinta-feira (16).

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O enfermeiro confessou e detalhou cada pormenor do crime que ocorreu na noite de quarta-feira (15). A estudante de direito Ivone Oliveira foi encontrada pela polícia morta em sua cama, no bairro Osmar Cabral. Desde então, o namorado da universitária foi considerado o principal suspeito do homicídio e terminou preso poucas horas depois. 



Primeiro, Luiz explicou que colocou os dedos na boca de Ivone para sufocá-la e a empurrou sobre a cama para impedir que ela se movesse e conseguisse fugir. O enfermeiro também diz ter se sentado com as duas pernas e os braços sobre ela para não permitir que ela se movesse. E, com os dedos, continuou tentando sufocá-la até fazer com que ela desmaiasse.

“Eu só peguei a faca quando percebi que a pressão arterial dela estava diminuindo, doutora. Eu levantei e verifiquei que o pulso dela estava fraco. Fui até a lavanderia e peguei a faca que estava com o cabo solto”, relatou o enfermeiro. 

Apesar de todo este procedimento, Luiz Otávio não conseguiu desacordar a vítima e teve de socar a cabeça de Ivone contra parede. “Peguei a cabeça dela e lancei a parede, fui informado pelo investigador que ocorreu um trauma cranioencefálico, quebrou a cabeça dela”, explica o assassino. Depois disso, segundo enfermeiro, é que se iniciaram as facadas na estudante.

“Até o momento dela possivelmente perder a lucidez eu percebi, fui e peguei a faca, retornei e furei na região da carótida, que é uma veia que vai até a cava do coração. Eu contei cinco segundos e vi que deu hemorragia interna nela, o coração parou e essa mesma faca que eu deixei na região da traquéia entortou”, explicou. A faca utilizada pelo enfermeiro foi encontrada no local do crime e apresentada pela delegada durante a inquisição. Luiz confirmou que utilizou o objeto para matar a jovem.  

O crime

Ivone Oliveira Gomes foi morta noite de quarta-feira (15), no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá. Logo depois que o corpo ensangüentado da estudante de direito foi encontrado pelos vizinhos, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), chegou ao local e constatou que o óbito foi causado por perfurações.

Luiz Otávio era apontado pela polícia como o principal suspeito do crime desde que o corpo da jovem foi encontrado. A convicção dos investigadores baseou-se, principalmente no depoimento de testemunhas que afirmaram que ele teria entrado com a vítima em sua kit net por volta de 22h, momento em que ela retornava da faculdade.

De acordo com informações da delegada Juliana Palhares, o enfermeiro já pretendia se entregar, mas acabou sendo encontrado durante diligências policiais na região.
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