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Vereadora denuncia colega por agressão física após discussão na Câmara em cidade de MT

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

“Já segui todos os procedimentos, acionei minha advogada, registrei Boletim de Ocorrência (2017.123933) e produzi provas”, adianta a vereadora do município de Nobres (a 190 km de Cuiabá), Zaira Valandro (PSDB). Ela denuncia o seu colega de parlamento, Jarides Lojor Ribeiro (PR) (conhecido como Professor Magal) de tê-la agredido após uma reunião na tarde desta quarta-feira (12). Segundo a própria, Lojor teria pego seu braço com força, deixando hematomas, após um bate boca em uma reunião. Ela ainda acusa perseguição. 

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“Nós fizemos uma reunião ao meio-dia, pois teríamos uma sessão a noite. Este vereador é um desequilibrado mesmo, não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que ele me agride verbalmente. Ontem ele me deu um solavanco, me pegando por trás. Ontem ele se excedeu. Nós tivemos uma discussão, pois ele queria me impedir de entrar na Secretaria da Câmara para acessar os computadores, pois lá haveria ‘documentos sigilosos’ do grupo dele. Falei ‘se você quiser sigilo, que guarde os documentos em casa ou em seu gabinete’. Na secretaria eu tenho acesso. Ele chegou a tentar criar um projeto de lei para me impedir de ter acesso à secretaria, e eu falei que isso não existe, eu tenho tanto direito quanto ele. Nós temos o direito de acessar a qualquer computador da Casa”, narra a vereadora Zaira Valandro (PSDB).

A discussão teria ocorrido na tarde de quarta-feira (12). Os momentos seguintes teriam sido o estopim da discussão. “Eu sai da sala e até um colega meu falou para a gente se acalmar. Eu falei ‘olha, eu vou sair para evitar...’, e eu não vi que ele veio atrás de mim. Fui pegar minha bolsa no gabinete, quando abro a porta para sair ele puxa meu braço. Nisso veio um colega atrás dizendo ‘sai Magal, sai, deixa’. Ficaram aqueles vergões no meu braço, depois que ele me apertou”, revela a vereadora.

A vítima conta que, temendo este dia, já havia procurado promotores de justiça da cidade, avisando “um dia ele vai agredir”. Como resposta teria recebido instruções de como proceder em caso de agressão. Ela conta que depois do ocorrido de ontem já procurou o Ministério Público Estadual (MPE), mas ainda não teve diálogo com eles.  

Sobre as consequências do BO lavrado em desfavor do colega, Valandro prefere não pensar muito. “Quero apenas que ele me respeite, não é a primeira vez que ele me agride. Nós somos duas vereadoras na Casa, a outra foi agredida verbalmente em frente ao Banco Sidredi, este ano. Ele tem que ser punido. Eu venho de uma família onde nem do meu pai eu levei um tapa, eu vivo há 30 anos com meu marido e não sei o que é isso, criei meus filhos, ele já é casado e jamais fez este tipo de coisa. É preciso ter respeito, mas ele não tem respeito. Para ele homem e mulher são todos iguais e ele não respeita nem um, nem outro. Bate boca com gente no plenário, sua fala é sempre exaltada, dando socos e chutes. Toda vez que fala ele se exalta, não conversa como alguém normal. Está sempre pronto para uma briga, uma discussão. Ele me persegue há muito tempo e achou o momento, que agora estamos trabalhando perto um do outro, e pensou ‘agora vou dar um tabefe nessa mulher’”, acusa.

O outro lado:

Olhar Direto tentou obter contato telefônico de Jarides Lojor Ribeiro (PR) (conhecido como Professor Magal), mas sem sucesso. 
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