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Lúdio Cabral teria recebido R$ 1 mi em propina para financiar campanha para Governo do Estado

Da Redação - Érika Oliveira

O ex-candidato ao Governo de Mato Grosso, Lúdio Cabral (PT) teria recebido R$ 1 milhão a título de propina da Construtora Odebrecht para financiar sua campanha em 2014, quando disputou o pleito com o então governador Pedro Taques (PSDB). O nome do petista está entre os cerca de 180 políticos citados pelo delator da Operação Lava Jato, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, que era diretor da Odebrecht Infraestrutura.

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De acordo com o site Poder 360, que divulgou a lista completa com os nomes dos políticos, Lúdio – que tinha o codinome “EMA” – recebeu a propina por intermédio do atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho da Silva (PT). Os pagamentos teriam sido realizados em duas parcelas de R$ 500 mil cada.

Aos procuradores de Curitiba, Benedicto explicou que o “departamento de propina” da Odebrecht, do qual era responsável, dava os apelidos aos políticos para os quais fazia repasses sem uma regra estabelecida.

“Se a pessoa [o operador] conhecia o outro lado [o político], ele sugeria o codinome. Se não existisse ainda no sistema, era aceito. Mas não tinha uma regra”, disse.

Veja AQUI a lista completa com os nomes dos políticos citados na lista da Odebrecht.

Outro lado

A reportagem tentou contato com Lúdio Cabral na manhã desta sexta-feira (14), mas as nossas ligações não foram atendidas. 

Em nota, emitida no início da semana, Lúdio havia afirmado que só iria se pronunciar sobre o assunto quando tivesse conhecimento do conteúdo da petição.

Veja a íntegra da nota:

Estou em Mimoso hoje, durante o dia, trabalhando como médico e acabo de tomar conhecimento da inclusão do meu nome em petição encaminhada ao TRF 3ª Região com pedido de investigação relacionada a tal lista da Odebrecht. 

Não conheço o conteúdo da petição. 

Como inclui ainda os nomes de Edinho Silva e Mariton Benedito de Holanda, a petição deve tratar da campanha eleitoral de 2014, quando fui candidato a governador de Mato Grosso pelo Partido dos Trabalhadores. Os dois foram, respectivamente, coordenador financeiro da campanha presidencial do PT e candidato a governador de Rondônia nas eleições de 2014.

Assim que me inteirar junto aos órgãos competentes sobre o conteúdo da petição me posicionarei a respeito.

Lúdio Cabral, 12 de abril de 2017.

 
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