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Temer decide manter Maggi e outros sete ministros citados na delação da Odebrecht

Da Redação - Wesley Santiago

O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu manter o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi (PP) e os outros sete ministros citados nas delações da Odebrecht, referente aos supostos crimes investigados na operação ‘Lava Jato’. O Planalto avalia que uma saída em massa prejudicaria a imagem do governo. Maggi negou todas as acusações.

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A informação foi publicada no ‘Blog do Camarotti’. "Temer decidiu que não vai demitir ninguém", disse ao Blog um interlocutor do presidente. Recentemente, uma espécie de protocolo foi criado para estes casos. Nele, é descrito que o ministro citado em delação só deixará o governo se for denunciado pelo Ministério Público e virar réu na Lava Jato.
 
Além de Blairo Maggi, também são alvos de inquéritos: Eliseu Padilha (PMDB; Casa Civil); Moreira Franco (PMDB; Secretaria-Geral); Gilberto Kassab (PSD; Ciência, Tecnologia e Comunicações); Bruno de Araújo (PSDB; Cidades); Aloysio Nunes (PSDB; Relações Exteriores); Marcos Pereira (PRB; Indústria e Comércio Exterior) e Helder Barbalho (PMDB; Integração).
 
Em nota, publicada em primeira pessoa, Blairo Maggi lamenta que "meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado".
 
O ministro ainda esclarece que: "Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais, não tenho ou tive qualquer relação com  a empresa ou os seus dirigentes e tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado".

Maggi tem recebido elogios pela atuação na crise que se instaurou com a operação 'Carne Fraca'. A articulação política feita com os países compradores de carne resultou em uma diminuição grande dos impactos que seriam causados pela suspensão da compra dos produtos. O ministro fez questão de visitar diversos frigoríficos do país para atestar as suas qualidades.
 
Confira a nota na íntegra:
 
Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que:
1.    Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais.
2.    Não tenho ou tive qualquer relação com  a empresa ou os seus dirigentes.
3.    Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado.
 
Blairo Maggi
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