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PM identifica mais seis participantes do jogo 'Baleia Azul' em MT e grupo com 345 membros

Da Redação - Patrícia Neves

Mais seis participantes do desafio da Baleia Azul foram identificados pela Polícia Militar nas últimas horas. Em sua maioria, meninas, moradoras das cidades de Vila Rica e Confresa, sendo que o mais jovem possui apenas doze anos e a mais velha, 16.  A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Joel Outo Mattos, que coordena as ações do 10º Comando Regional de Vila Rica. 

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Um dos grupos de WhatsApp identificado pela PM na região já contava com 345 participantes, distribuídos por várias cidades de Mato Grosso. 

As descobertas foram possíveis durante a atividade preventiva que vem sendo executada pela PM nas escolas públicas de 11 cidades que integram a circunscrição da unidade policial, após a morte da estudante Maria de Fátima Oliveira, de 16 anos. No último dia 11, a garota se jogou em uma lagoa cumprindo, supostamente, o 50º desafio proposto pelo jogo virtual. A útima tarefa proposta é o suicídio.

Um dos casos, exemplifica, trata-se de uma garota de 16 anos matriculada na Escola Maria Esther, em Vila Rica (a 1.259 km de Cuiabá). A  jovem já estava prestes a concluir o 49º desafio. 'Conversei por várias horas com essa jovem, via aplicativo, até que o Serviço de Inteligência identificasse a residência dela", conta.  
Ele ainda continua: "a menina estava completamente transtornada e sob controle absoluto do curador do grupo. Estamos diante de uma situação de extrema gravidade". 

Relata ainda que a adolescente demonstrou profundo receio com as ameaças impostas pelo curador para aqueles que demonstram interesse em deixar de participar do jogo suicída. "Foi preciso convencê-la de que não podem cumprir com as ameaças".

Para ele, é imprescindível que os pais passem a monitorar com mais efetividade o que os filhos estão se propondo a fazer. "Defendo, sim, em situções graves como essa que até mesmo se recolha o celular, que não permitam o acesso à internet".

Todas as informações quanto aos grupos identificados são repassadas diariamente para à Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar a morte da menina Maria de Fátima. 

De acordo com o delegado André Rigonato, que responde atualmente pela Delegacia da Polícia Civil de Vila Rica, a PJC aguarda os laudos periciais do celular da adolescente, junto à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Para a Polícia Civil, a mãe da jovem relatou que a filha teria apresentado cortes nos braços há aproximadamente dois meses, que podem ter sido motivados pelas "tarefas" impostas aos membros do jogo. Ela também apresentou duas cartas que teriam sido escritas à mão por Maria de Fátima e que serão confrontadas com demais atos da investigação.
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