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Notícias / Cidades

Após 6 novos casos, Sesp cria núcleo para investigar 'jogo da Baleia Azul’

Da Redação - Wesley Santiago

O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), Rogers Jarbas, revelou nesta quarta-feira (19) que a pasta está desenvolvendo uma célula de inteligência só para cuidar dos casos referentes ao ‘Desafio da Baleia Azul’. Ele considera o caso de suma importância para a população e defende a divulgação deles “para servir de alerta aos pais”.

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“As polícias Militar e Civil estão engajadas em identificar os adolescentes que estão participando disto, que é um ato de suicídio programado. Há uma preocupação muito grande do sistema de Segurança Pública. Tanto é que estamos desenvolvendo uma célula de inteligência só para cuidar destes casos, servir como suporte às autoridades, tamanha a importância deste caso”, ressaltou o secretário durante entrevista coletiva.
 
Jarbas ainda garante que estão sendo feitos diversos esforços para evitar estes tipos de casos, que podem levar a morte de adolescente: “A imprensa é importante, pois muitos pais tomam conhecimento disto por conta da mídia. Quando divulga o modus operandi, o que está sendo feito, a família ficará alerta pra combater este tipo de situação. Um pai não irá querer perder um filho”.
 
A célula de inteligência criada pela secretaria servirá para dar apoio aos policiais que lidarem com os casos referentes aos jogos. Ela será composta por profissionais especializados das policiais Militar e Civil. O principal objetivo é evitar que casos como este voltem a se repetir em todo o Estado.
 
Conforme o Olhar Direto noticiou nesta quarta-feira (19), mais seis participantes do desafio da Baleia Azul foram identificados pela Polícia Militar nas últimas horas. Em sua maioria, meninas, moradoras das cidades de Vila Rica e Confresa, sendo que o mais jovem possui apenas doze anos e a mais velha, 16.  A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Joel Outo Mattos, que coordena as ações do 10º Comando Regional de Vila Rica.
 
Um dos grupos de WhatsApp identificado pela PM na região já contava com 345 participantes, distribuídos por várias cidades de Mato Grosso.
 
As descobertas foram possíveis durante a atividade preventiva que vem sendo executada pela PM nas escolas públicas de 11 cidades que integram a circunscrição da unidade policial, após a morte da estudante Maria de Fátima Oliveira, de 16 anos. No último dia 11, a garota se jogou em uma lagoa cumprindo, supostamente, o 50º desafio proposto pelo jogo virtual. A útima tarefa proposta é o suicídio.
 
Um dos casos, exemplifica, trata-se de uma garota de 16 anos matriculada na Escola Maria Esther, em Vila Rica (a 1.259 km de Cuiabá). A  jovem já estava prestes a concluir o 49º desafio. 'Conversei por várias horas com essa jovem, via aplicativo, até que o Serviço de Inteligência identificasse a residência dela", conta. 
 
Ele ainda continua: "a menina estava completamente transtornada e sob controle absoluto do curador do grupo. Estamos diante de uma situação de extrema gravidade".
 
Para a Polícia Civil, a mãe da jovem relatou que a filha teria apresentado cortes nos braços há aproximadamente dois meses, que podem ter sido motivados pelas "tarefas" impostas aos membros do jogo. Ela também apresentou duas cartas que teriam sido escritas à mão por Maria de Fátima e que serão confrontadas com demais atos da investigação.
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