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Câmara cria Comissão Especial para reduzir tarifa da CAB; alguns queriam CPI

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

A Câmara de Cuiabá criou uma Comissão Especial para acompanhar o estudo que irá permitir a redução da tarifa de esgoto de 90% para até 0%, no contrato de concessão que a CAB Ambiental. A proposta é de que o consumidor que tiver gasto menos de 10 mil litros por mês, tenha tarifa zero de rede de esgoto.

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O vereador Marcrean Santos (PRTB), autor do requerimento da comissão, observou que a alternativa mais justa é de que seja estabelecida uma forma de escala para que “exista justiça, fazendo com que aquele que gasta pouco, pague pouco e o que gasta mais pague mais”.
 
O primeiro secretário da Câmara de Cuiabá, vereador Dilemário Alencar (SD), chegou a insistir que fosse criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com maior amplitude, mas a maioria optou pela Comissão Especial. A diferença é que a CPI tem poder investigativo, enquanto a Comissão Especial é para simples acompanhamento.
 
Marcrean Santos anunciou que a Comissão Especial será instalada na próxima semana, provavelmente na quarta-feira (26), composta por três membros. Ele será o presidente.
 
A proposta de Marcrean, subscrita pelos vereadores Toninho de Souza (PSD), Juca do Guaraná Filho (PRP) e Wilson Nonato Kero Kero (PSL), seria uma modalidade semelhante à que era praticada quando o sistema de água e esgoto ainda sob a gerência da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap). Todavia, com a privatização do serviço, a CAB promoveu a alteração, impondo 90% de tarifa de rede de esgoto vigente para todos consumidores.
 
O vereador Marcos Veloso (PV) alertou que qualquer decisão é temerária neste momento. “Está em curso o PDDI – Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado - que faz um estudo pormenorizado de toda a região do Vale do Rio Cuiabá. Então é preciso conhecer esse plano, pois nele a água e o esgoto são pontos cruciais”, justificou Veloso.
 
Marcrean Santos revelou que está conversando com o interventor da CAB, Marcelo Padeiro de Oliveira, que sempre demonstrou preocupação em resolver esse o problema do esgotamento sanitário na Capital. “A CAB promoveu alteração na estrutura do sistema de água e esgoto. Hoje, o esgoto cai in natura no córrego Mané Pinto e no Rio Cuiabá, com a desativação da elevatória da Prainha”, revelou Marcelo Padeiro.
 
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