A repercussão da chacina de nove trabalhadores rurais em Colniza (1.121 quilômetros de Cuiabá), na região Nordeste de Mato Grosso, chegou à Organização Internacional do Trabalho e ao Congresso Nacional. Tanto que a Câmara dos Deputados autorizou a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), comandada pelo deputado alagoano Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), a fazer uma checagem ‘in loco’.  É certo que a comitiva visitará o acampamento Taquaruçu do Norte, onde serão realizados contatos com autoridades locais e até mesmo colhidos depoimentos de moradores, para municiar o Congresso Nacional com dados e notícias sobre a situação do local. É lamentável que Mato Grosso volte a ter espaço, nas manchetes dos principais veículos de comunicação do Brasil e até do mundo, com fatos tão negativos. A batalha pela posse da terra se arrasta há décadas em território mato-grossense, notadamente na Amazônia Legal, sem que as autoridades competentes assegurem a devida atenção para solucionar o problema. Teme-se que não seja a última vez que fatos do gênero ocorram, em Mato Grosso.