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Em reunião, líderes do PSB de MT decidem que vão cobrar liberdade da direção nacional e prometem seguir em bloco

Da Redação - Jardel P. Arruda

Algumas das principais lideranças do PSB de Mato Grosso decidiram que vão tentar uma reunião em Brasília com a Executiva Nacional da sigla para reverter a dissolução do diretório estadual e exigir liberdade nas votações das reformas nacionais, como a da Previdência Social. Caso não sejam atendidos, eles devem preparar uma troca partidária em bloco, levando toda base estadual da sigla.

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O martelo foi batido na tarde desta segunda-feira (08), no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho. Participaram da discussão os deputados federais Fabio Garcia e Adilton Sachetti, além dos estaduais Mauro Savi e Oscar Bezerra. O ex-prefeito Mauro Mendes não participou porque está em viagem à China.

Além da restituição, Fabio Garcia, presidente destituído, e Adilton Sachetti não querem sofrer nova retaliação nas próximas votações. Ambos não concordam plenamente com os textos apresentados pelo Governo Federal, mas são a favor das reformas e, portanto, discordam da direção nacional.

Além de decidir que tentarão a reversão da dissolução e cobrar liberdade, eles deixaram amarrado que qualquer decisão tomada será feita em bloco e nenhuma medida de deixar o PSB será tomada imediatamente. Caso não tenham o pleito atendido, os parlamentares vão esperar para trocar de sigla.

A dissolução

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, dissolveu o diretório estadual de Mato Grosso em resposta à desobediência de Fabio Garcia na questão da Reforma Trabalhista. O diretório nacional havia fechado questão em votar contrário ao texto proposto pelo presidente Michel Temer (PMDB), mas o parlamentar de Mato Grosso votou a favor.

Da mesma forma, Carlos Siqueira também dissolveu diretório de Mato Groso do Sul, Ceará e Roraima, outros estados cujo PSB também é liderado por deputados federais que votaram a favor da Reforma Trabalhista. Por fim, todos 14 deputados federais do PSB que votaram a favor da Reforma foram tiveram processos abertos no Comitê de Ética da sigla e podem ser expulsos – entre eles, o próprio Fabio Garcia.

Entre outros pontos, a proposta permite que acordos coletivos se sobreponham às leis trabalhistas, acaba com o imposto sindical e retira a participação dessas instituições no momento da rescisão dos trabalhadores. Além disso, acordos coletivos podem se sobrepor à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

A flexibilização da contratação é apontada pelos setores produtivos como uma saída para combater o desemprego e ajudar no combate a crise econômica do país.
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