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Assaltantes envolvidos em morte de tenente do Bope continuam em mata e caçam para comer

Da Redação - Wesley Santiago

Os assaltantes de banco envolvidos na morte do tenente Carlos Henrique Scheifer, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), morto durante confronto no Distrito de União do Norte, próximo a Peixoto do Azevedo (695 km de Cuiabá), no dia 13 de maio, continuam escondidos em uma região de mata. Fortemente armados, eles se alimentam de animais que caçam e de alternativas que estão disponibilizadas na região, segundo o que estima o diretor operacional da Polícia Militar, Heverton Mourett.

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“Continuamos firme nas buscas, ainda naquela mesma área próxima onde houve o confronto com a equipe do tenente. Temos várias barreiras montadas e estabelecidas, bloqueios e patrulhas nas rodovias vicinais. Além disto, equipes também estão em constante contato com oradores da região para buscar alguma pista”, disse o coronel ao Olhar Direto.
 
Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) continuam realizando infiltrações na mata. A chuva que caiu durante vários dias no local atrapalha os dois lados: “Elas tendem a prejudicar o nosso trabalho na incursão dentro da mata. Porém, também é ruim para os criminosos, que estão há alguns dias por ali e tem um preparo muito menor que o nosso”.
 
“Não temos como precisar como eles estão se alimentando. Provavelmente devem procurar proteínas, caçando animais. Também tem algumas alternativas como rapadura, farinha, mas não há como dizer exatamente. Vamos continuar a manter o cerco, os bloqueios para localizá-los o quanto antes”, comenta o diretor.
 
A estimativa da Polícia Militar é que existam entre dois ou três criminosos na região, fortemente armados: “Também estamos tem uma equipe muito boa, armamento e colete a altura. O nosso intuito é localizar todos eles”, finalizou.
 
O tenente Scheifer foi alvejado no abdome quando estava em operação de buscas. Antes da morte do policial, os militares da região e do Bope haviam capturado quatro homens suspeitos de integrarem a mesma quadrilha. A vítima chegou a ser socorrida até um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. Durante o trajeto, os colegas ainda tentaram reanimar o militar, mas sem sucesso.
 
O fato causou grande comoção entre os militares e também familiares e amigos do tenente, que tinha recém-entrado no Batalhão de Operações Especiais. Antes disto, ele havia servido no Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e também no Exército Brasileiro. Toda a vida de Carlos Henrique foi dedicada a proteger as pessoas atuando nas forças de segurança pública.
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