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Líderes afirmam que Reforma da Previdência deverá ser adiada para o próximo governo

Da Redação - Érika Oliveira

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016, que trata da Reforma da Previdência Social, uma das medidas mais polêmicas do governo Michel Temer (PMDB), não deverá avançar até 2018. A confirmação vem de líderes no Congresso, em resposta a uma pesquisa realizada pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco).

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Deputados da base aliada e da oposição, além de presidentes de comissões do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, avaliaram que não há clima político para que a reforma seja aprovada.

A pesquisa da Fenafisco foi realizada nos últimos dias do mês de maio, na semana seguinte às delações da JBS, logo após ter sido revelado o áudio de uma conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista.

Segundo o levantamento, 36% dos parlamentares ouvidos afirmaram que a votação da PEC será adiada para o governo que sucederá o de Michel Temer. Ao avaliar os últimos acontecimentos no cenário político, 33% afirmaram que a proposta será rejeitada ou arquivada.

Somente 19% dos entrevistados ainda acreditam que o texto poderá ser aprovado conforme o último relatório ou com novas alterações.

Mato Grosso, assim como outros estados da federação, aguardam a votação da PEC 287 para enviarem os projetos de reforma da Previdência estadual às Assembleias Legislativas. No último Fórum de Governadores do Brasil Central, o governador Pedro Taques (PSDB), apresentou a proposta de incluir os estados no projeto da Reforma federal.

A Previdência de Mato Grosso possui um déficit orçamentário projetado superior a R$ 750 milhões, somente em 2017. Já para o próximo ano, a projeção é de déficit superior a R$ 900 milhões e quem cobre o rombo é o Tesouro do Estado.

A proposta enviada ao Congresso por Michel Temer traz temas como o aumento da idade mínima para aposentadoria a partir dos 65 anos, sendo 49 anos de tempo de contribuição; igualdade entre homens e mulheres, trabalhadores do campo e da cidade; e o fim da aposentadoria especial de professores e policiais militares.
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