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Em meio a crise na saúde, Governo estuda retomar modelo de OSS

Da Redação - Jardel P. Arruda/ Da Reportagem Local - Erika Oliveira

O secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho, confirmou que o Governo estuda implantar, novamente, um modelo de saúde pública no Estado baseado em Organizações Sociais de Saúde (OSS). De acordo com ele, o secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares, é o responsável por essa discussão interna.

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“Isso está sendo tocado pelo secretário Luiz Soares. Tenho certeza que é uma das pessoas que mais entende de saúde pública no Estado. Vai ser conduzido por ele com calma, com transparência, sem açodamento, dentro de situações mais críticas”, explicou José Adolpho, na manhã de segunda-feira (12).

O modelo de saúde através OSS já foi implantado em Mato Grosso durante a gestão Silval Barbosa (PMDB), sob a batuta do então secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (então PP, agora sem partido). Atualmente, Silval está preso desde setembro de 2015 sob várias acusações de corrupção, enquanto Pedro Henry recebeu perdão judicial após ser condenado no escândalo do Mensalão.

As OSS, em si, tiveram problemas em Mato Grosso na maioria das unidades de saúde onde foram implantadas. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa, comandada por Leonardo Albuquerque (PSD), detectou indícios de irregularidades nas gestões nas sete unidades investigadas e ausência de fiscalização.

Entretanto, o secretário-chefe José Adolho afirmou que o problema não está no modelo, mas sim nas OSS escolhidas para atuar em Mato Grosso. “Tem OSS e OSS. Pode ter acontecido alguns erros, mas temos algumas OS muito bem sucedidas Brasil a fora. Temos case de sucesso em Goiás, na Bahia. A OSS de Cáceres funciona muito bem”, ponderou.

Busca de dinheiro

Em viagem a Brasília, José Adolpho e o governador Pedro Taques (PSDB) vão se reunir com a bancada federal de Mato Grosso para tentar sacramentar o uso de R$ 80   emenda conjunto de 2016 para quitar parte da dívida pública estadual na saúde. Essa verba deveria ser destinada para compra de equipamentos ao novo Pronto-Socorro de Cuiabá.

 “Isso ainda está em entendimento. Existem algumas resistências, mas acredito que com alguma conversa chegaremos em entendimento. Vamos trazer esse dinheiro novo, R$ 82 milhões para saúde”, explicou José Adolpho. 
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